O mundo virtual brasileiro vivenciou três grandes momentos importantes. Chamo a atenção de todos para a primeira fase dessa revolução das mídias sociais, que iniciou no ano de 2004. Produto do Google, o Orkut modificou o modelo de interatividade na internet. Ao chegar no Brasil, ele foi um dos grandes causadores da massificação da internet, popularizando a grande rede.
Em 2009 outra rede social modificou e acentuou o poderio das mídias digitais. Com um aspecto mais informativo e direto, o Twitter revolucionou e colocou todos próximos de todos. Os famosos, agora, compartilham suas ideias, seus pensamentos, suas rotinas, suas fotos, suas mensagens. Os políticos apresentam projetos, discutem e mostram sua vida familiar.
Em meados de 2010 aconteceu , até então, o último boom das mídias digitais no Brasil. Idealizado por Mark Zuckerberg e seus colegas de quarto da faculdade, o Facebook é a maior rede social do mundo e não para de crescer. De acordo com pesquisas do SocialBaker, o Brasil é o segundo país com maior número de usuários, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Creio que esses três momentos recentes da nossa história foram importantes não apenas para o fortalecimento das redes sociais em solo brasileiro, mas Orkut, Twitter e Facebook reformularam o jeito de fazer comunicação e ampliaram a visão sobre a importância do relacionamento dentro do mundo empresarial.
Observo as mudanças do Facebook e começo a temer que o fim da rede social de Zuckemberg seja o mesmo que fez do Orkut a “terra sem ninguém”. As fotos começam a ser mais interessantes que os pensamentos e a valorização do relacionamento. O humor consiste em 70% das imagens compartilhadas. Os “memes” começam a tomar conta e descaracterizar o “face” .
Aponto o Twitter como a Rede social mais destacável e interessante no momento. Sei da importância do Orkut, valorizo a pluralidade de ações do Facebook, mas creio que a simplicidade do Twitter fez da rede de microblogs o reduto mais interessante das mídias digitais. Limitar os caracteres e tentar fazer do Twitter uma rede de simplicidade e objetividade foram determinantes para blindar e guardar o objetivo real do site. O Twitter não está na moda, mas conseguiu passar pelo momento do boom e manter-se na ativa, rico em conteúdo e interações.
Por Asaph Saboia, proprietário da Viva Assessoria de Comunicação.