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Os atletas, as redes sociais e os deslizes nada esportivos


Bye Bye WayneCom poucos dias de Jogos Olímpicos, já foi possível fazer uma constatação, porém que não tem nada a ver com as competições que acontecem em Londres. Os atletas, de uma maneira geral, não estão preparados para usar de maneira adequada as redes sociais. E alguns deles escorregaram feio, esquecendo a disciplina e a dedicação que costumam aplicar aos seus treinos.

Em um dos casos de maior repercussão, a saltadora grega Paraskevi Papahristou acabou fora dos jogos Olímpicos, cortada pelo comitê de seu próprio país, depois de fazer comentários racistas contra africanos em sua conta no Twitter. Outro tuíte racista do jogador de futebol suíço Michel Morganella, chamando os adversários norte-coreanos de débeis mentais, teve a mesma consequência e ele acabou arrumando as malas para casa antes da hora.

E o Brasil não ficou de fora nesse tipo de competição. A judoca Rafaela Silva trocou ofensas com alguns de seus seguidores no Twitter, que a criticaram pela derrota precoce nas Olimpíadas de Londres. O tom foi pesado, com direito a palavrões por parte da atleta e, de novo, comentários racistas, dessa vez dos seguidores de Rafaela.

A tragédia já era meio que anunciada, tanto que no ano passado o COI (Comitê Olímpico Internacional) divulgou algumas regras na intenção de orientar os atletas em suas postagens. O COI diz que “incentiva ativamente e apoia os atletas a participarem de mídias sociais” e contarem suas experiências “em primeira pessoa, no estilo de diários”, e que os esportistas garantam que seus comentários não contenham “imagens ou palavras vulgares nem obscenas”.

Não é preciso ser especialista em comunicação ou mídias sociais para se lembrar de deslizes de esportistas no Twitter ou no Facebook. Eles se espalham pelo mundo, não escolhem categoria esportiva e já renderam muita discussão, punições e até multas. A confusão gerada é tanta que, cansada de temporadas recheadas de polêmicas e posts de cunho racista, desde o ano passado a Associação de Futebol da Inglaterra criou um manual de comportamento nas redes sociais que dá uma série de orientações e prevê punições aos jogadores que desrespeitem as regras.

Por aqui ainda não se viu uma iniciativa dessas, mas jogadores já foram advertidos e até multados. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) já julgou e aplicou multas a jogadores por comentários no Twitter, entre eles Neymar, por ter reclamado mais veementemente de um árbitro. Via de regra, o deslize é acompanhado de um pedido de desculpas formal e, não é raro, o sumiço da conta na rede social, quando o esportista não tenta sair pela tangente, dizendo que alguém da família que teria sua senha postou em seu lugar. O comportamento e as desculpas esfarrapadas expõem uma falta de entendimento do potencial das redes sociais e de preparo para lidar com elas.

Com o crescimento e o alcance dessas redes, não só atletas e celebridades em geral precisam ter cuidado com o que postam em seus perfis, mas qualquer pessoa. Há muitíssimos casos de prejuízos não só pessoais, mas também para marcas, empresas e instituições. A falsa sensação de que se está tendo uma conversa privada que alguns nutrem aos fazerem suas interações nas redes pode ser fatal para um atleta. Muitas vezes ele representa, além de seu esforço pessoal e dedicação ao esporte que pratica, uma marca que o patrocina e o seu próprio país. Muitos interesses podem ser feridos com um simples comentário desleixado no Twitter. E nem precisa ser durante um megaevento como as Olimpíadas. Nas redes sociais, todos estão expostos o tempo todo. E é preciso saber lidar com isso.

Empresas, associações, comitês, técnicos e até a própria família dos atletas não sabem sobre etiqueta nas redes sociais. Muitos fazem “vista grossa” para o assunto. Esses mesmos profissionais, que recebem treinamento para falar com a imprensa ou para criar uma imagem positiva junto a determinados públicos, não costumam recorrer a especialistas, informar-se nem procurar treinamentos especializados. Apenas criam um perfil e passam a postar enlouquecidamente e vangloriar-se dos milhares de seguidores conseguidos.

Uma personalidade pública, ao abrir um perfil em uma rede social, abre um canal de comunicação com seus fãs e com o público em geral. E isso, se gerido de forma organizada e profissional, pode ajudar muito sua exposição positiva e sua carreira. Mal feito, como se fizesse um comentário privado com o colega de quarto na Vila Olímpica, pode ser desastroso e colocar por terra toda uma história de esforço, disciplina e treinamento.

Por Fernando Neves, jornalista especialista em mídias sociais e diretor da Ketchum Digital. @fernandoneves. Crédito da imagem: Alan via Compfight.

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