O plástico biodegradável, encontrado frequentemente em sacos plásticos e garrafas, contém aditivos que deveriam fazer micróbios decomporem o material mais rápido. Um novo estudo da Universidade Estadual de Michigan (EUA) descobriu que alguns desses aditivos podem, na verdade, não fazer nada.
“Plástico biodegradável” é um termo meio genérico, então sejamos mais específicos. Primeiro, temos os bioplásticos, normalmente feitos a partir de materiais vegetais renováveis. Depois, temos os plásticos feitos com petroquímicos, mas com aditivos para acelerar sua degradação na natureza – é disso que o estudo está falando.
Os pesquisadores testaram três aditivos em dois tipos comuns de plástico: o polietileno de baixa densidade, usado em sacos plásticos; e lâminas de PET, usado em recipientes de plástico. Em tese, os aditivos ajudariam a atrair micróbios que devoram o plástico.
Para testar isso, a equipe realizou diversos testes para simular diferentes condições de aterros sanitários. Foram três cenários: condições anaeróbicas, sem oxigênio, semelhante a estar enterrado em um grande aterro; misturado com adubo; e enterrado no solo por três anos.
Em todos estes cenários, o plástico tratado com aditivos biodegradáveis não se saiu melhor do que a variante sem aditivos. “Assim, não foram encontradas evidências de que esses aditivos promovem e/ou melhoram a biodegradação dos polímeros PE ou PET”, concluíram os autores. A pesquisa foi publicada no periódico Environmental Science and Technology.
Um estudo anterior, de 2013, também concluiu que os plásticos biodegradáveis com aditivos têm desempenho inexpressivo. Estes estudos são limitados em duração por motivos logísticos – quem sabe o plástico se decomponha em menos décadas? – mas eles nos mostram que realmente sabemos pouco sobre os tais plásticos “biodegradáveis”. Talvez eles sejam bons demais para serem verdade. [UPI.com]
Foto por Len Matthews/Flickr
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