Há algum tempo, fui convidado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia para contribuir para a elaboração da Política de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil. Iniciado em julho, por meio de Secretaria de Política de Informática (SEPIN) em parceria com a UNESCO.
O objetivo é elaborar um programa estruturado de apoio à inovacão, ao empreendedorismo e ao capital semente para o setor de Tecnologia da lnformação (TI).
Atualização: em outubro de 2009 (quando palestrei na Inovatec, em Belo Horizonte/MG) entrevistei um representante da Secretaria Nacional de Tecnologia, que explicou O que o governo federal faz pelas startups brasileiras. Houve vários leitores com pontos de vista diferentes nos comentários daquele post.
A estruturação do trabalho acontece por meio de uma extensa e precisa análise de mercado interno e externo, com propósito de desenhar um plano de ação que contemple iniciativas de curto e médio prazo alinhadas em direção a uma visão estratégica setorial, de forma a realizar um levantamento do cenário atual da inovação no mercado brasileiro de Tl e as possibilidades de desenvolver o setor incentivando o empreendedorismo.
Acabei de encontrar com um investidor que falou ter sido convidado para participar. Ele afirmou ter gostado muito da iniciativa e, assim como eu, aguarda para ver no que isso vai dar.
Será que vem aí um “Start-Up Chile” brasileiro?
Já ou vi várias pessoas dizendo que o Brasil deveria ter seu próprio programa Start-Up Chile. Entretanto, uma dessas pessoas chamou atenção para uma realidade: muito possivelmente, o programa chileno seja muito mais proveitoso para o Chile em si, que se coloca como local barato e aberto a todo ecossistema de inovação, empreendedorismo e investimento, do que para as startups participantes que ficam lá durante um período, imersos sim em networking, coworking, pitching, meetings e relações públicas em geral, mas não necessariamente encontra um ambiente como o Vale do Slício (opção cara “saturada”, de certa forma).
Considero que a sacada foi muito oportuna – é uma hipótese que não se descarta, e não é de hoje que faço comentários sobre “turismo intelectual” e suas variantes. Por outro lado, ainda não se pode dizer os resultados concretos do Start-Up Chile e se funcionaria no Brasil, mas vai que funcione 😉 A questão toda, se quisermos ser autênticos lean startupeiros e inovadores, é validar o que se aprende, fazer pilotos para ver se realmente deveríamos fazer uma coisa a la Chile, ou ainda uma outra coisa. Afinal, o setor privado está tomando a dianteira na área de startups, e a as coisas governamentais mais palpáveis para as startups acabaram sendo interrompidas: as subvenções Prime, da Finep.
Em todo caso, falei ontem também com uma oscip totalmente envolvida com o MCT e percebi o quanto é difícil para essas instituições fazer uma coisa ideal para startups e, ao mesmo tempo, o quanto elas se interessam e fascinam pelo assunto, buscando uma aproximação autêntica. Mas isso é assunto para outro post.
Diga: o que as startups brasileiras querem do governo?
Diz aí nos comentários, ou manda pro meu email: o que as startups, especialmente de TICs, querem do governo brasileiro?