Não é segredo que as TVs OLED produzem a melhor qualidade de imagem em alta definição do mercado atualmente. Também é público e sabido que os painéis de OLED são obscenamente caros comparados aos tradicionais LCD retroiluminados por LED. Se ao menos existisse uma maneira de produzir imagens com a qualidade do OLED mas que custasse uma fração do seu preço atual… Espera, isso existe!
Eles são chamados de pontos quânticos: cristais em nano escala que absorvem luz e a reemitem em uma onda diferente, bem específica. Eles basicamente fazem o que os semicondutores de hidrocarbonetos fazem em um painel OLED, mas sem a parte requintada da química orgânica. Eles podem ser a chave para criar uma saturação com a qualidade do plasma que nunca desbota, painéis mais brilhantes com contraste aumentado e gamas maiores – tudo isso custando pouco mais que os painéis LCD à venda hoje.
Como a sua TV LCD funciona e como ela poderia ser melhor
Tem sido uma semana de novas TVs malucas graças à CES, então talvez seja uma boa hora para revisarmos alguns pontos básicos da tecnologia convencional. Telas LCD-LED (daqui para frente as chamaremos apenas de “LCD”) são, na realidade, dispositivos bem simples, consistindo em três componentes básicos: a luz de fundo branca, os pixels (cada um dividido em três subpixels coloridos: vermelho, verde e azul) e o cortina do LCD (que funciona como uma veneziana, abrindo e fechando em cima de cada subpixel para criar várias tonalidades). A luz de fundo incide em cada pixel da tela para gerar o ponto colorido – em conjunto, todos esses pixels coloridos geram a imagem que você vê – e a cor do ponto depende da posição da cortina do LCD.
Assim, se ela fecha sobre os subpixels vermelho e verde de um pixel, a luz sai azul; se a cortina fecha apenas sobre o subpixels verde, a luz sai violeta (da combinação das luzes azul e vermelha); se ele fecha sobre os três, produz o preto; se permanece totalmente aberta, você tem o branco. Da mistura de luz e da exposição dos subpixels, as TVs modernas conseguem produzir milhões de diferentes tons, como as novas TVs 4K super finas da Sony.
Embora pareça tudo certo, esse processo não é o ideal. Por exemplo, ele exige muita energia. A luz de fundo nunca se apaga, ela é simplesmente bloqueada pela cortina do LCD. Além disso, ela necessita de uma estrutura de suporte para ser afixada atrás da tela, o que aumenta o peso, a espessura e o custo de produção da TV. As OLED dispensam essa luz de fundo, ou a estrutura de suporte, motivo pelo qual elas podem ter apenas alguns milímetros de espessura e serem curvadas. Mas o mais importante é que a luz de fundo “branca” não é na realidade uma luz branca; é um diodo azul revestimento com fósforo amarelo para produzir uma fonte de luz. Quando a luz de fundo está com a temperatura de cor errada, isso afeta a precisão das cores que são exibidas na tela.
Então o que é um ponto quântico e o como ele funciona?
Pontos quânticos (QD, da abreviação do original em inglês) corrigem o problema da temperatura de cor usando uma luz de fundo melhor – todo o restante da tela LCD permanece idêntico. A tecnologia QD começou em meados dos anos 1990 como uma nova forma de dispositivos de imagem infravermelha. Demorou até o começo dos anos 200 para as fabricantes de TVs comprarem a ideia de usar a tecnologia em suas telas.