Como brasileiros, estamos muito acostumados a ver mapas e representações do globo que mostram o Brasil em destaque, ou ao menos centralizam as Américas na exibição. Apesar de isso ser bastante normal para nós, favorecendo nossa posição geográfica, não se trata de uma representação que cause qualquer sensação de identidade entre os nativos da Europa, Ásia ou África. Para eles, essa representação do mapa mundi tem outro grafismo, e ressalta o contorno dos países “do outro lado” do globo.
Percebendo esse detalhe, o Facebook passou a mostrar, desde a última quarta-feira, um símbolo de notificação diferente para quem acessa a rede social a partir de países que não fazem parte das Américas – trata-se de um ícone que mostra o globinho com um outro desenho de mapas, fazendo o contorno dos continentes europeu, africano e asiático. Repare nas imagens.
Na mesma quarta-feira em que a novidade era liberada para um número mais amplo de usuários (deixando de ser apenas um teste), acompanhei a apresentação de Christian Rôças, do Facebook, no Social Media Day de SP, onde ele destacou a preocupação da rede social de tratar cada um como uma pessoa, ao invés do impessoal ‘usuário’.
Esse discreto detalhe de design mostra uma sinergia entre esse cuidado defendido por Crocas e outras iniciativas do Facebook divulgadas nesta mesma semana, como o lançamento do aplicativo Internet.org, que vai oferecer acesso gratuito a serviços mais ‘básicos’ da web, como buscas no Google, sites de previsão do tempo, Wikipédia e (claro) o próprio Facebook. O app, a princípio, será oferecido para os usuários de uma operadora de telefonia da Zâmbia, na África.
Preciso dizer, contudo, que eu pensei com carinho nos australianos e indonésios que não estão representados em nenhum desses mapas. Cadê uma versão pra Oceania, Zuck? 😉
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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