Depois da polêmica causada com o vídeo de The Next Day, parece que David Bowie sossegou um pouco e resolveu fazer um vídeo mais “certinho” para não despertar a ira de nenhum grupo da sociedade. Agora a Igreja Católica pode respirar aliviada, pois Bowie voltou com um vídeo inofensivo e isento de personagens.
Coerente com a música escolhida, o vídeo de Valentine’s Day respeita a simplicidade do single: sem firulas, sem camadas, sem excessos de produção, tanto faixa como vídeo são bem diretos. A música traz um riff simples e eficiente, uma melodia amigável de cantarolar e um refrão que não poderia ser mais simpático. O vídeo também aposta na simplicidade (com exceção da fotografia) e mostra Bowie curtindo seu momento sem mais ninguém, sem banda, só ele e sua guitarra, juntos, num cenário semi-épico.
Mas apesar da simplicidade, o legal de Valentine’s Day (o vídeo) é como Bowie transborda intensidade no final. Sua alegria e leveza se transformam pouco a pouco numa inquieta agonia enquanto ele interpreta os versos aparentemente inocentes do refrão da música, e revela sua real intenção.
Lembra de Station to Station?
Valentine’s Day é o próprio “return of the thin white duke throwing darts in lover’s eyes”.
Mais uma prova de que todo o hype em volta de The Next Day não é apenas hype. Depois de tanto tempo, é bom ter de volta alguém que realmente sabe o que faz.
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Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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