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Todos temos direito de errar, mas temos dever de assumir os nossos erros


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Desde quando começamos a viver, erramos. Erramos quando tentamos dar os primeiros passos. Erramos quando tentamos andar de bicicleta pela primeira vez. Erramos também quando aceitamos nosso primeiro emprego. Enfim, simplesmente erramos. Nós erramos e as outras pessoas ao nosso redor erram também. Talvez não tenham cometido os mesmos erros, mas cometeram algum outro deslize. Somos seres humanos em evolução. Miramos no futuro para atingir a nossa meta de felicidade, seja o que for que designemos como “nossa felicidade”. Erramos, não de propósito, mas por acidente. Ou na melhor alusão ao seriado Chaves, erramos “sem querer querendo”. Temos o direito de errar, certamente, porque errar é inerente do ser humano, enquanto da mesma forma, temos o dever de assumir a total responsabilidade pelos erros que cometemos. Ter essa visão bem clara na mente pode acabar com muitos conflitos que vivemos, seja conosco ou com as outras pessoas. Vamos tentar entender o porque.

SE EU ERRO, ELE ERRA
É muito comum exigirmos das outras pessoas que elas ajam corretamente. Praticamente não aceitamos falhas de quem quer que seja. Seja dos nossos pais, filhos, companheiros, companheiras e também amigos. Simplesmente não aceitamos suas falhas. Por uma razão, pura e simplesmente, de não agirmos totalmente na linha, exigimos dos outros este compromisso, nos esquecendo que assim como nós, nossos companheiros de caminhada, também seres humanos, têm o direito de errar.

Isso não significa que eles não devam ser responsabilizados pelos seus erros. Não é esta a ideia que desejamos abordar. Porém, quando nos concentramos demais na acusação e na culpa, por este ou aquele deslize de quem está ao nosso lado, perdemos o foco da nossa própria vida. Da mesma forma, também não podemos nos concentrar demais nos erros que nós mesmos cometemos, pois isto freia as nossas escolhas no agora para criar o nosso futuro. Em ambos os casos, o perdão é a melhor saída para continuar seguindo em frente e admitir que novos erros virão.

PERDOE O PASSADO
Por muito tempo, carreguei dentro de mim uma mágoa e uma culpa pelas coisas que fiz no passado e que deixaram algumas pessoas tristes. Apesar de planejar o meu futuro para me satisfazer, corria atrás de satisfazer as outras pessoas, de forma a recompensá-las dos problemas que eu havia lhes causado. Isso não fazia sentido por dois motivos. Primeiro, porque não é possível satisfazer outra pessoa por não entendermos realmente quais são as suas expectativas e segundo, porque quando cometemos algum erro no passado, o fizemos porque não éramos a pessoa que somos hoje. Compreendi que se quisesse seguir adiante deveria perdoar o meu passado, admitindo que quando cometi determinados erros, era menos experiente e inteligente do que sou hoje.

Quando temos esse tipo de postura em relação à nossa própria vida, podemos estender essa compreensão para a vida das outras pessoas. Se alguém comete um erro, é porque, baseado nos seus valores e na sua visão de mundo, aquela atitude de certa forma estava correta. Só pela experiência de se tomar um caminho ou outro, é que descobrimos se ele era o caminho certo ou o errado. Sem vivenciá-lo é mais difícil saber de antemão dados sobre um determinado caminho. Apesar de hoje existirem alguns mapas, livros e outras tantas obras, temos também que admitir que a pessoa que incidiu no erro, pode não ter tido tal instrução. Ela está no seu direito de errar, assim como nós também temos este direito. É como se nós fôssemos instrutores uns dos outros e nos testássemos o tempo inteiro através das experiências geradas pelas escolhas de cada um.

TODOS SÃO NOSSOS INSTRUTORES
Ao invés de atirar pedras em todos, precisamos admitir: a única pessoa que podemos transformar somos nós mesmos. Se uma pessoa se comprometeu em algo conosco e ela descumpriu o trato na hora H, paciência. O nosso papel é assumir também parte da responsabilidade por esse erro, procurando estratégias para que isso não ocorra novamente e receber as consequências que esse descumprimento de trato trouxe para a nossa vida. Uma pergunta que me faço em diversas situações do meu dia a dia é: “O que esta situação está tentando me ensinar?”

Filhos, pais, mães, marido, esposa, amigos, todos erram, assim como nós também erramos. Somos frutos de uma interminável sucessão de erros. Por exemplo, a opção de migração que nossos ancestrais fizeram há duas gerações atrás quando tomaram a decisão de vir para o Brasil, influencia a nossa vida nos dias atuais. Essa decisão, unida a uma série de outras, feitas por nossos bisavós, avós e pais, antes de nós existirmos, fez com que nascêssemos onde nascemos e tivéssemos a educação que tivemos. Somos frutos de talvez, pequenos erros, cometidos “sem querer querendo” pela turma que habitou este planeta antes de nós. Logo, por que culpá-los? Por que nos indignarmos com o passado? Pior: por que nos indignarmos com aquelas más decisões que tomamos?

“Eu não me envergonho de corrigir meus erros e mudar as opiniões, porque não me envergonho de raciocinar e aprender.” ~ Alexandre Herculano

ASSUMA A RESPONSABILIDADE
Li uma vez que líder é aquele que assume total responsabilidade por tudo o que acontece na sua vida. Seu filho se machucou? É sua responsabilidade. Seu marido deixou a sua casa para viver com outra mulher? É sua responsabilidade. Seu funcionário não cumpriu o prazo de entrega do serviço com o qual havia se comprometido? É sua responsabilidade. Enfim, tudo, até a mosca que voa alucinadamente dentro da sua sala de estar é sua responsabilidade. Mas espere! Tudo é minha responsabilidade? Até um tsunami no outro lado do mundo? Sim, de certa forma sim. Porém, antes de procurar resolver os problemas causados pelo tsunami do outro lado do mundo, resolva os seus problemas que ocorrem perto de você.

Comece assumindo a responsabilidade pelos seus erros, pois a pior coisa que podemos fazer quando tomamos uma decisão errada é olhar para ela somente com os nossos olhos. Tente identificar, o que as outras pessoas, envolvidas com a sua decisão pensam sobre ela. Pense sempre que muito provavelmente você pode estar errado e abandone a inflexibilidade. Comece a agir para saldar aquele saldo negativo em aberto, que deixou com as pessoas que foram atingidas pelas suas más decisões. Você errou. Paciência. Eu também errei. O importante é termos noção conjunta dos erros para assumirmos as suas consequências e dar passos mais fortes e firmes, na direção da nossa perfeição como seres humanos.

Daqui pra frente, só temos um trabalho: reparar os erros que cometemos e nos mantermos atentos para não cometê-los mais.

Todos temos direito de errar, mas temos dever de assumir os nossos erros é um artigo do Insistimento escrito por Marcos Rezende

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