Existe uma maneira profissional na hora de tratar com clientes e equipe. Acredite, a raiva não é uma delas
Profissionais são capazes de fazer o seu trabalho sem usar a emoção para demonstrar a urgência.
Quando um cirurgião pede à enfermeira um bisturi, ele não tem que levantar a voz, pisar no seu pé ou até mesmo fazer uma careta. Ele simplesmente pede.
Quando um piloto atinge uma situação difícil, não é suposto que ele comece a gritar com o controle de tráfego aéreo. Ele descreve a sua situação e recebe a ajuda de que precisa.
E apesar de você ter visto nos filmes, corretores de valores bem-sucedidos não começam a gritar quando não há mais dinheiro na linha.
Compare isso com o mundo amador da mídia, do atendimento ao clientes e do marketing. Quem grita mais nos chama atenção.
As pessoas enviam e-mails como urgentes quando eles não são. As marcas e os consumidores muitas vezes travam um verdadeiro combate nas mídias sociais. Um exemplo claro de despreparo, desespero e amadorismo.
Deve estar claro (em comparação aos cirurgiões e aos pilotos) que estas pessoas não estão com raiva porque muito está em jogo. Eles ficam com raiva porque funciona.
O problema de fazer as pessoas ficarem com raiva para fazer as coisas é que nós agora estamos cercados de pessoas que estão com raiva.
O que acontece se você tem uma abordagem profissional com as pessoas com quem trabalha, recompensando as pessoas que priorizam adequadamente seus pedidos e ignorando aqueles que buscam as coisas via sarcasmo.
Se você vai recompensar consistentemente as trocas atenciosas e recusar-se a atender as pessoas que estão com raiva, todos que trabalham com você vão entender o recado.
A armadilha da raiva é que muitas vezes as pessoas jogam-na de volta contra você.
___
Este artigo foi adaptado do original, “How loud and how angry”, do blog do Seth Godin.