Parte da causa de se acumular dívidas é que existem muitas distrações em nossas vidas – e coisas que queremos comprar, e não precisamos. Mas também acabamos endividados porque simplesmente não entendemos o fluxo de nossa receita e despesa e assim, não estimamos com precisão a quantidade de dinheiro que temos disponível para gastar.
Um consultor da NerdWallet, uma empresa norte-americana, revelou seu processo para criar um “Fluxo de dinheiro” a fim de ajudar a sua família a controlar seus gastos. E, segundo ele, funciona e muito.
Siga os passos e confira:
Colocando as peças no lugar
1. Abra duas contas correntes grátis
- Uma para pagar as despesas fixas (como a hipoteca, pagamentos de carro e contas de serviços públicos);
- Uma para pagar despesas variáveis (alimentos, combustível, roupas e assim por diante).
2. Abra uma conta para poupança
Chamamos isso de nossa conta “paraquedas”. É um fundo de emergência para uso quando a vida nos coloca nas cordas – grandes contas médicas, perda de emprego ou redução da renda, grandes reformas em casa, esse tipo de coisa…
3. Faça um plano para itens caros
Meu marido e eu concordamos que iríamos usar um cartão de crédito da família para grandes compras, como passagens aéreas e estadias em hotéis.
Ainda temos nossos cartões de crédito separados – é bom manter seus próprios cartões de crédito para manter sua pontuação de crédito e histórico de crédito. Usá-los uma ou duas vezes por ano deve ser suficiente. Não cancele esses cartões, porque vai eliminar seu histórico de crédito que você acumulou e afeta a sua pontuação de crédito global.
Implementação do sistema
1. Elabore um orçamento para despesas fixas e variáveis
Adicione-se o quanto você precisa em cada categoria. Este será o seu guia para o quanto dinheiro deve haver em cada uma de suas contas correntes.
Despesas fixas podem incluir:
- Aluguel ou pagamento de financiamento imobiliário
- IPTU
- Utilidades (gás, energia elétrica, água, etc.)
- Casa, automóvel e seguro
- Seguros
- Assistência médica (se não for retirado do seu salário)
- TV a cabo, Internet, telefone e celular
- Academia, ioga e outros
- Pagamentos da dívida (cartões de crédito, empréstimos estudantis, financiamento de carro, empréstimos pessoais, etc.)
- Poupança (sim, isto também é uma despesa – pague-se primeiro!)
Despesas variáveis podem incluir:
- Mercearia
- Gastos com alimentação
- Combustível
- Roupas / calçados
- Serviços pessoais (cortes de cabelo, médico, etc.)
- Diversão em geral
2. Distribua o dinheiro nas contas
Quando seu salário vier, aloque os valores designados para cada conta corrente com base no orçamento que você criou. A quantia fixada para a conta de poupança pode ser transferida automaticamente.
3. Pague os custos fixos diretamente
Todas as contas são pagas automaticamente da nossa conta as despesas fixas. Não temos de escrever os cheques e nenhum cartão de débito é necessário. Esta conta tem um excedente de algumas centenas de reais a mais no caso de uma conta adicional aparecer inesperadamente ou antes de termos a chance de lastrear a conta.
4. Pague as despesas variáveis com sua segunda conta
Essa conta deve ter um cartão de débito que pode ser usado para compras.
5. Vincule a conta de poupança para uma das conta corrente
Se surgir uma emergência, você pode transferir fundos dentro de 24 a 48 horas.
Percebendo os benefícios
Uma vez que eu implementei este sistema, o processo de controle de despesas não ficou mais tão complicado. Separando as despesas em categorias fixas e variáveis fez com que eu não tivesse que me preocupar constantemente sobre a verificação do saldo das contas. Ter menos transações em cada conta também tornou mais fácil ter a visão geral das nossas despesas.
O gráfico abaixo mostra como fica o fluxo de dinheiro no processo criado acima:
* Chamamos de poupança a ‘Curveball Account’.
Cada família é diferente, claro. Sinta-se livre para personalizar o meu sistema como necessário. O ponto é obter – e manter – uma compreensão sobre o fluxo de seu dinheiro.
Se você souber exatamente o que está entrando e saindo, você não vai ser surpreendido pelas dívidas.
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Artigo da NerdWallet