X

Busque em mais de 20.000 artigos de nosso acervo.

Colaborativo

Lean Innovation: a melhor forma de desenvolver um negócio digital


A grande referência que temos no Brasil sobre negócios digitais está no Vale do Silício, onde normalmente são criados os principais sucessos nesta área

Foi lá que, a partir do aprendizado com a bolha de internet no fim dos anos 90, foi criada a metodologia Lean Startup para desenvolver startups digitais. Agora, a técnica está sendo aplicada também em grandes corporações.

Estamos falando de Lean Innovation, uma generalização do conceito de Lean Startup para criação de novos produtos e modelos de negócios digitais em um espectro mais amplo de empresas (pequenas, médias ou grandes).

O conceito de Lean Startup foi criado por Eric Ries, com base no trabalho de Steve Blank, e parte do princípio de que o objetivo de uma startup é validar um modelo de negócios, e não executá-lo com eficiência (como uma empresa madura).

Ou seja, o negócio deve ser tratado como um conjunto de hipóteses que precisam ser validadas ou abandonadas rapidamente. Para aplicar a metodologia no contexto digital, Ries uniu métodos ágeis, desenvolvimento de cliente (ou Customer Development, de Steve Blank) e alguns conceitos de manufatura lean, como lotes pequenos.

Para desenvolvimento do produto, os métodos ágeis (empíricos) são os mais usados atualmente em âmbito mundial, e sua adoção está aumentando progressivamente no Brasil.

Com eles, os projetos não têm escopo rígido e cada etapa é construída de forma evolutiva, com cliente e fornecedor atuando conjuntamente. Mas, como dizia Peter Drucker, “não há maior desperdício do que executar perfeitamente algo que ninguém quer”.

Por isso, os métodos ágeis devem ser acompanhados por “Customer Development” (desenvolvimento de cliente), para não só executar de maneira certa, mas, principalmente, a coisa certa.

Isso implica procurar validar cada uma das hipóteses por meio de experimentos, convergindo para a validação do modelo de negócios como um todo. Resumimos estes ciclos de aprendizado iterativo como “construa, meça e aprenda”, o que constitui a espinha dorsal do processo.

A mesma visão pode ser uma resposta para o imperativo de inovação em grandes companhias. Novos projetos inovadores têm características muito similares a uma startup de tecnologia em um ciclo de capital de risco e, caso sejam abordados pelo processo clássico (cascata) de desenvolvimento de produto, a chance de fracasso é maior.

Da mesma forma que uma startup, é interessante que as iniciativas da área de inovação sejam formadas e desenvolvidas de forma iterativa e empírica, testando e validando hipóteses durante o processo de desenvolvimento para que o resultado seja mais significativo.

Entretanto, há algumas diferenças entre uma startup e uma corporação. A primeira delas está ligada à estrutura organizacional. Enquanto uma startup é formada inicialmente por sócios, uma empresa maior tem vários níveis de cargos e uma hierarquia já preestabelecida.

Por isso, a implantação de Lean Innovation deve começar por determinadas áreas, normalmente ligadas à inovação (se já houver a estrutura), produto ou tecnologia, onde a mudança cultural tem mais chance de iniciar com sucesso.

O orçamento destinado ao projeto também deve ser tratado de forma diferente, o que chamamos de “contabilidade de inovação”.

Startups não foram feitas para gerar retorno financeiro no início (mas maximizá-lo no futuro) e novos produtos ou projetos em empresas também não deveriam.

A Lean Innovation prega que o investimento deve ser feito de acordo com patamares de aprendizado, e a empresa deve entender quando é hora de investir e quando é hora de segurar.

Também por isso é necessário um comitê de investimento, formado por pessoas de diversas áreas que, juntas, geram apoio e alocam recursos de forma progressiva, com portões de avaliação. Ou seja, se a iniciativa atingir os objetivos de aprendizado recebe mais investimento, como em um ciclo de venture capital maduro.

Por fim, para adotar Lean Innovation a grande empresa não pode se restringir aos padrões corporativos em processos e ferramentas. O que vale para a parte madura normalmente não é adequado para iniciativas inovadoras em ambientes de grande incerteza.

Para inovar é preciso entender que novos meios surgem todos os dias e que é preciso estar atualizado para se manter competitivo.

A junção de todas essas características a ferramentas como open source e cloud computing elimina a necessidade de altos investimentos, transformando-os em despesas viáveis, e pode ser considerada a melhor forma de desenvolver um negócio ou projeto digital atualmente.

Isso não vai garantir o pleno sucesso, mas aumenta consideravelmente a chance de êxito.

___

Artigo escrito por Fernando de la Riva, diretor-executivo da Concrete Solutions.

Comente este artigo

Populares

Topo
http://enterslots.epizy.com/ http://cair138.epizy.com/ http://sido247.epizy.com/ http://omega89.epizy.com/ http://merdeka138.epizy.com/ 7meter slot 7winbet abcslot https://obor138.web.fc2.com/ https://monsterbola.web.fc2.com/ https://daget77slot.web.fc2.com/ star77 138 slot istana77 mega138 cuan138 nuke gaming slot grandbet infini88 pg slot baccarat casino idn live idn poker sbobet tangkas88 slot sbobet88 slot deposit dana joker123 autowin88 zeus138 dewagg roma77 77lucks bos88 ligadewa sonic77 168 slot