Se você é como a maioria dos empreendedores, você provavelmente deve estar construindo um produto minimamente viável
Vamos à definição do primeiro caminho, que Eric Ries define o MVP (sigla de produto minimamente viável, em inglês) como a versão de um novo produto que permite que uma equipe colete o máximo de aprendizado validado sobre clientes com o mínimo de esforço.
Como é tratado no livro The Lean Entrepreneur, o famoso empreendedor Bill Gross criou um MVP em 1999, que validou que os compradores de carros estariam dispostos a comprar automóveis online.
O cliente escolhe um carro em seu site, descreve as opções desejadas e em seguida, paga pelo carro.
Com isso, Bill iria comprar o carro de um vendedor de automóveis (perdendo dinheiro no processo) e entrega-lo ao cliente. Esse MVP foi o caso da CarsDirect.com.
Nick Woodman notou os surfistas usando cintas de câmeras descartáveis em seus braços para tirar fotos de si mesmos surfando. Sua primeira ideia foi de fornecer cintas melhores para esse público.
Mas, depois disso, ele realmente precisava era melhorar a tecnologia da câmera para as necessidades do esporte.
Seu primeiro MVP foi em 2004, quando ele usou uma câmera de 35mm não digital. Que rapidamente evoluiu para o Digital Hero.
A partir desse primeiro, e analógico MVP ele se tornou o queridinho de uma categoria de produto novo: o mercado de câmeras robustas, que ele domina completamente.
Em ambos os casos, Bill e Nick tiveram que aprender sobre as necessidades de serem pioneiros antes mesmo de escalar as suas startups daí a abordagem de MVP.
Mas há razões válidas para não construir um MVP, o que contraria inclinar-se sobre os princípios das startups, como o Startup Lean em que você deve estar sempre interagindo, pivotando rapidamente, ou desistindo.
Se você não precisa ser validado, no entanto, você não deve construir um MVP. A seguir, 3 momentos em que você não vai precisar de um MVP para validar a sua empresa.
#1. Você está construindo uma inovação sustentável
Em The Lean Entrepreneur é discutido como as táticas de aprendizagem diferem dependendo de onde o seu esforço cai no espectro da inovação.
Em poucas palavras, quanto mais sustentável é a sua inovação, mais o mercado é compreendido por você, ou ao menos, compreensível.
O problema e a solução são cognoscíveis. Por que?
- Seus clientes são inteligentes. Eles entendem o problema e a solução por detrás do problema. Os recursos representam com isso, suas verdadeiras necessidades.
- A competição está em toda a parte. Você pode ver o que está funcionando e o que não está.
- Os especialistas estão por toda a parte.
Empresas inovadoras no final da sustentabilidade encontram-se em uma guerra de recursos, que devem ser mais do que o mínimo.
Com isso, para o seu projeto ser viável o seu mínimo deve ser suficiente para competir contra a concorrência existente além de oferecer a você algum tipo de diferenciação.
As startups que procuram competir nesse cenário, contra jogadores entrincheirados precisam ter alguns milhões para investir em marketing para se tornarem competitivas.
Se em vez disso, ela atinge apenas uma parcela do mercado que é carente ou exige algum produto especial, a construção das suas características para competir com outros jogadores pode revelar-se extremamente dispendiosa.
Por outro lado, se a startup vai transformar este mercado, um produto totalmente perfeito não é provavelmente algo necessário. É possível que tanto valor seja criado que os primeiros irão querer ter a chance de usar um produto imperfeito.
Quando o Paypal transformou o mercado de gateways de pagamento na internet as pessoas usavam o produto apesar da experiência não ser excelente.
Agora, com a concorrência crescente, o Paypal tem como missão melhorar drasticamente a experiência do usuário.
#2. Você não se importa se é um desperdício
Pode soar um pouco simplista, mas talvez o desperdício não seja um problema.
Pode existir a possibilidade de que você tenha bastante tempo e dinheiro para construir um produto incluindo todos os recursos que você pode imaginar e, se você estiver errado não irá se importar.
Quando a Apple foi descobrir a experiência de varejo que serviria de protótipo para a Apple Store eles construíram uma loja em tamanho real. Foi um MVP?
Estamos supondo que Steve Jobs e Ron Johnson não foram tentando encontrar um equilíbrio entre o mínimo e a viabilidade. Não há nenhuma indicação de que eles tentaram medir a viabilidade,
Por outro lado, eles não lançam lojas da Apple em todos os países com base em seus conceitos iniciais de design e suposições. Eles construíram e então sucatearam a experiência do varejo conhecida até então.
O protótipo convenceu o conselho a avançar com um ensaio de 4 lojas.
Se você quiser argumentar que a Apple não faz MVPs tudo bem. A valorização da Apple é algo entre meio trilhão de dólares e eles têm 50 mil funcionários. Esta situação não é a mesma que a sua.
#3. Você conseguiu um produto que cabe no mercado
O produto de mercado (PM) não é uma proposta. O produto de mercado acontece quando a proposição de valor é comprovada por um número substancial de transações que crie estímulos ao negócio.
O objetivo do MVP é validar a aprendizagem. Se você consegue encaixar o seu produto no mercado e tem viabilidade comprovada, não há mais nenhuma exigência para ser mínimo.
Quando você está finalizando um MVP talvez seja tudo o que você precisa para alcançar o ajuste de seu produto para que ele tenha espaço no mercado.
Para ficar à frente da concorrência, no entanto, você deve continuar avançando em direção ao produto ideal e incluir funcionalidades adicionais, melhores embalagens, posicionamento, produtos complementares, parceiros de distribuição e etc.
Após perceber que o seu produto se encaixa no mercado você precisa perseguir o seu produto inteiro para não dar espaço para a concorrência. Após atingir a forma de PM, você não precisa ser mínimo mais.
Em geral, uma vez que você sabe o que está fazendo, você otimiza a execução de seu produto, não a aprendizagem. Como o mercado puxa o seu produto para fora de você, você precisa construí-lo totalmente.
A armadilha está em saber
Ter convicção não é o mesmo que saber. Basear-se em fé, crença na sua visão leva a maior perturbação, que é sentir-se bem. Esse é o mito do visionário e não há nenhuma visão para que isso seja verdade.
Nem na Apple, na Tesla ou em qualquer outro lugar.
Tenha em mente os seguintes pontos:
- A viabilidade é determinada pelo mercado, e não por você.
- Saber é uma armadilha. Você sabe, ou simplesmente acha que sabe?
- A funcionalidade ser viável não faz o seu produto ser viável e isso pode destruir a viabilidade real.
- Não solte seu MVP para o mundo, mas para um seleto grupo.
- Uma vez que você aprendeu, execute o que aprendeu e ao mesmo tempo procure aprender coisas novas.
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Este artigo foi adaptado do original, “Three reasons not to build a Minimum Viable Product”, do Pandodaily.