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O novo perfil do jornalista brasileiro; indiferença política é marcante


Estudo feito pelo Núcleo de Estudos sobre Transformações no Mundo do Trabalho (TMT) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e divulgado no dia 30 de abril no site da FENAJ, apresentou dados contendo o “Perfil do Jornalista Brasileiro”, com indicadores relativos ao ano de 2012 sobre questões como, por exemplo, sindicalização, registro profissional, demografia, engajamento político e áreas de atuação. O relatório, lançado oficialmente em livro nesta segunda-feira (06/05/13), e já disponível em no site da FENAJ, traz alguns dados bastante interessantes e, em alguns momentos, surpreendentes.

Também mostra que a realidade brasileira é algo bastante distinta, em muitas situações, da realidade de países mais avançados, como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha e Portugal, segundo dados revelados pelo Portal Jornalismo em Classe, no seu Dossiê sobre os jornalistas e o ensino de jornalismo no Brasil e no mundo, com números relativos ao ano de 2011.

A pesquisa brasileira mostra que a população de jornalistas no Brasil tornou-se majoritariamente feminina (64%), jovem (59% tem de 18 a 30 anos), branca (72%), mal remunerada (60% recebe até 5 salários-mínimos), não sindicalizada (quase 75% não está vinculada a nenhum órgão sindical) e tem carga de trabalho excessiva (40,3% dos trabalhadores labora entre 8 e 12 horas por dia e outros 4,8% dos profissionais trabalham mais de 12 horas diárias).

Além de não ter filiação partidária, a maioria dos jornalistas pesquisados declarou “não possuir qualquer identidade ideológica” (30%), enquanto 23% revelou ser de “esquerda” e 11% afirmou ser de “extrema-direita, direita ou centro-direita”. A imensa maioria não tinha qualquer filiação político-partidária (93%) e um contingente significativo declarou nunca ter atuado em movimentos sociais (45%).

Note-se que nos Estados Unidos, no Canadá e na França a preponderância masculina nas redações ainda é bastante significativa. Nos Estados Unidos, há 63% de homens contra 37% de mulheres trabalhando em jornalismo; no Canadá, a diferença é de 56% para homens e 44% para mulheres; e, na França existe um total de 55% de homens jornalistas contra 45% de mulheres. A média de idade dos jornalistas também sobe representativamente fora do Brasil. Os profissionais da imprensa na França têm, em média, 42,3 anos; nos Estados Unidos, 36 anos; e, na Alemanha, 41 anos.

Os dados mostram que os salários não são nenhuma maravilha, embora não sejam tão precários como no Brasil. Um jornalista americano ganha em média US$ 34.850,00 por ano, o equivalente a pouco menos de US$ 3.000 por mês. Um francês ganha em média €$ 3.650,00. Um alemão recebe €$ 2.300,00 (por mês, em média) e um canadense C$ 4.700,00 mensais.

É interessante notar que, ao contrário do que o senso comum apregoa e muitos livros acadêmicos anunciam, o habitat natural dos jornalistas ainda é a redação de jornais, TVs e rádios. Isso acontece nos Estados Unidos (53% estão em jornais e revistas, 15% em TV e 5% em rádio), no Canadá (41% atua em jornal e revista e 35% em rádio e TV), na França (68% trabalham em jornal e 14% em TV) e no Brasil (55% trabalham em jornal, rádio e TV, 5% são professores e 40% trabalha em assessoria de comunicação).

É curioso notar que nenhuma das pesquisas traz dados significativos sobre a participação dos jornalistas no universo da internet. A justificativa está, aparentemente, no fato de que, após o diagnóstico geral da profissão, os levantamentos voltam-se para o levantamento e a análise da relação dos jornalistas com o magistério superior, um campo profissional em crescimento em todas as nações.

Deve-se ressaltar, de qualquer modo, que cada país adota uma regulamentação singular para a imprensa e para a profissão jornalística. O fato comum parece estar no detalhe de que Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Portugal e Reino Unido exigem diploma para o exercício da profissão jornalística.

Por Leandro Marshall, doutor em Ciências da Comunicação pela PUC/RS, pós-doutor em Sociologia pela UnB/DF e mestre em Teorias da Comunicação pela UMESP/SP.

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