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Quase sem limites: assinaturas de produtos digitais e físicos são uma boa para quem?


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Neste artigo, você vai entender:

  • Kindle Unlimited (novidade da Amazon brasileira, já em voga em outros países) e outras assinaturas brasileiras;
  • verdadeiras razões (especialmente psicológicas) de uma barreira “exclusivo para pagantes” (paywall);
  • se assinatura é um bom modelo de cobrança (e de negócio);
  • a natureza infiel das mudanças drásticas.

Mas você não vai entender:

  • pq eu gosto de ler e escrever;
  • pq que meu quarto é desse jeito 😉

Sobre conversar e ler

Ontem no almoço eu tava conversando com a Bia e comentei que comer e conversar estão na minha lista de coisas favoritas. Ler livros também está no top 5, seja livro físico, seja livro químico, biológico digital. Desde que eu desisti de contar com a internet móvel (ou mesmo sinal de telefone) no metrô de São Paulo, já li vários ebooks inteiros (a maioria em inglês e relacionados a negócios, tecnologia e comunicação). Quando ainda conseguia pegar conexão e sinal, eu lia mais mídias sociais, feeds e emails (sorry!) e fazia umas calls extras, mas acho que fiz uma boa troca. Acho que os outros passageiros também agradecem por não precisarem mais ficar ouvindo sobre valuation, pivot e outras nerdices. Bitch quem? Bitcoin! Bons tempos, bons hábitos.

Dei uma repaginada no escritório esses dias e levei pra casa uma pilha (2, 3…) de revistas e livros de papel que eu estava acumulando. Agora, eles praticamente bloqueiam a movimentação dentro do meu quarto, que já tava cheio dessas coisas, mais CDs, DVDs. Roupas também. Aliás, meu quarto – que nunca pareceu uma pista de dança pelo tamanho – tá parecendo uma cabine telefônica transformada em biblioteca! Já troquei a plaquinha da porta: era “quarto”, agora lê-se “oitavo”. (Entendeu? Nerd!). No dia em que não tivermos mais eletricidade para carregar os divaissi, ainda vou ter vários capítulos de papel para terminar de ler.

Escalada de comprometimento desmiolada

Só que agora f*deu! A gente se esforça, tenta imitar uma startu (ou uma empresa de serviço), mantendo um estilo de vida lean, sem elevar o custo fixo. Mas a gente não quer só comida: a gente quer comida, diversão e arte! A propósito, não lembro se li isso em um livro ou ouvi em uma festa – mas na época eu achei profundo, e quem lembrar vai saber minha idade. Agora até comida, diversão e arte estão virando assinatura! Não se trata mais de pagar quando quiser consumir: você paga sempre e consome sempre que quiser. Não bastasse assinatura de revista, vinho, cueca, sabonete, frutas e verduras, bolachinha integral, até de cachaça já tem, a galera faz uma série de ofertas no brainer (aquelas decisões tão fáceis de tomar que nem requerem o cérebro – é o que os true marketeiros idealizam).

Tipo pagar 2,50 por mês pro Gmail ir aumentando a capacidade de armazenamento sem apagar suas mensagens. Tipo pagar cloud pra arquivar seus “bens digitais”. Imagine a cena: “Cláudia, já terminou aí? Depois guarda essas coisas aqui lá no servidor ao lado da geladeira, debaixo da instância redundante, perto dos easter eggs“. Até o tradicional software de caixinha, que a gente comprava tipo leite (longa vida, né), já se compra por assinatura na Microsoft.  Pra mim, essa evolução do pay per use (“pague quanto come”) me pegou de vez com o Netflix.

Filmes & seriados são outra coisa favorita e foi fácil decidir assinar olhando o precinho de um ingresso de cinema por mês para assistir a uma combinação sempre crescente de lançamentos, coisas da Sessão da Tarde, sucessos dos torrents, do youtube e sabe lá da onde saíram umas outras coisas que resolvi assistir para abrir a cabeça. Esses serviços começam com aquele papinho de “primeiro mês grátis” mas já pedem seu cartão de crédito “para não atrapalhar a experiência de uso do senhor quando seu mês grátis terminar”.

Cara, faltava um dia ou dois para acabar a gratuidade e eu ainda não tinha assistido nada! Aí pensei: preciso experimentar, vai que eu goste!, e sou um jornalista, e um estrategista… Pronto, cliquei no Tubarão 5. Ou 2. Enfim, foi uma viagem no tempo e resolvi deixar o site me cobrar um mês para eu “ganhar tempo” (engraçado como em inglês isso fica “buy me some more time”) e analisar melhor se ia querer ficar. Óbvio, já tinha ficado. E, claro, múltiplos meses depois, já assisti a múltiplas horas de coisas. A primeira temporada de House of Cards eu assisti duas vezes, fiquei recomendando tanto que fiquei com vontade de assistir de novo. Falando nisso, a terceira temporada ainda não veio, acho que vou reassistir à segunda. Ok, mas não agora, estou ocupado não fazendo uma crítica ao consumismo desenfreado.

Assinatura serve pra tudo? 

Aqui em casa, o mundo era só dos nets, agora também é dos netflix. Net freaks. Mas eu já assinava revistas estrangeiras no meu tablet de maçã pela mesma combinação de motivos: muita coisa boa, pra ver quando quiser, por um preço super diluído no orçamento (um almoço por ano por mais de 12 edições da Wired, ou da Fast Company). Na verdade, com diversão e arte eu estou pensando no lato sensu mesmo, incluindo entretenimento e cultura.

Yes!, apostei com um amigo (não lembro qual) que ia escrever a expressão lato sensu sem estar me referindo a cursos. E falando em lato sensu, é bom ficar de olho também nessa onda de gourmetização: logo a cafeteria da universidade vai oferecer assinatura de latte sensu (“assine e tenha o seu refil de latte lhe esperando todo dia que você tiver aula”). Alguém aí afim de inovar ou empreender nessa área? Me chama pra ser tester, advisor, garoto-propaganda !

Talvez o pessoal da Netshow.me pense em uma assinatura para os shows ao vivo na plataforma, ou ainda para os arquivados (quetal?). Também não sei se os Instaquadros já pensaram nisso – fica a dica. Lógico, nem tudo anda bem: já teve assinatura de sapato que levou startup lá pra terra-dos-pés-juntos. Mas não nos deixemos abater, nem como clientes, nem como empreendedores: há muita esperança no modelo de cobrança recorrente (né Patrick?) para faturamento previsível – o que, por outro lado, permite ao cliente um controle do seu orçamento.

Mais antiga do que fazer Plano de Negócio

Vamos ser práticos? Assinatura é uma questão de acordo de nível de serviço (service level agreement, SLA). O serviço é ubíqüito, vai estar lá sempre – basta continuar pagando. E não começou com as revistas e jornais, começou muito antes, com o arrendamento de terras, com a contratação de trabalhadores. Mesmo em tempos tão remotos que não se usava dinheiro, ainda assim haviam essas combinações, esses combos mensais em que um lado já sabia o que iria fazer e quanto iria ganhar, e o outro sabia quanta ajuda teria e quanto ia custar. O bom e velho telefone costuma ser uma assinatura, a boa e velha internet também se valem desse modelo. Perceba que, independente de planejar o negócio de um jeito ou de outro, ou de planejar a sua vida e o seu orçamento, ainda assim existe uma lógica, um padrão, um modelo de operação.

Sem contar que existem impostos antiqüíssimos (mais antigos do que os tremas que eü gosto de üsar) e eles são, em alguns casos, praticados como cobrança recorrente (seja com temporalidade mensal ou trimestral ou anual) em troca da manutenção de serviços ou benefícios (às vezes, com um componente de preço fixo e um tanto de variável conforme o uso – tipo IPTU mais caro para imóvel maior e em área mais nobre). Mensalidade escolar, plano de saúde, seguros em geral… de certa forma, tudo é um modelo de negócio parecido com assinatura, via cobrança recorrente.

“A gente tem que se espertar pra ver como vai ficar a relação dos clientes”

A gente não deveria mais ficar admirado quando vê um novo tipo de produto ou serviço ser vendido como assinatura. Algumas coisas são inusitadas conforme a época em que surgem: até hoje algumas pessoas fazem cara de surpresa quando digo que pago uma assinatura de manutenção para o meu celular, e eu noticiei algumas vezes que, mais interessante do que a Pitzi em si, foi o fato de um estrangeiro ter vindo para o Brasil, ter sentido falta de uma coisa tão óbvia e resolver abrir um negócio nessa área. Hoje em dia, o Mr. Hatkoff já samba melhor do que muita mulata – e não é para a gente estranhar! O que me deixa perplexo é como algumas indústrias inteiras se deixam abater, se deixam ser rompidas, sofrem uma ruptura, uma descontinuidade em seus modelos de negócio porque os seus tradicionais clientes agora se habituaram a um novo modelo de uso proposto por um concorrente (geralmente entrante e novato!).

Se as gravadoras (que vendiam música em meio físico) ficaram chocadas com a iTunes Store (que vende música digital por unidade),  depois a própria Apple ficou chocada (não sei, mas suponho isso sem medo de errar) com os aplicativos de streaming de música (que deixam você ouvir tudo de graça quando quiser, desde que tenha conexão à internet – ou então você paga uma… uma? assinatura, isso mesmo, para “sincronizar”, armazenar as músicas que quiser no seu computador ou divaissi móvel).

Gente, eu to escrevendo divaissi porque foi assim que um atendente de loja presencial pronunciou device pra mim. É um termo inglês, significa dispositivo e se usa para designar, por exemplo, qualquer aparelho, como um celular. E sabe o que mais existe em inglês? Online English class subscription! Assinatura de curso de inglês pela internet, que é pra pessoa que não consegue imitar os filmes e as músicas poder aprender a pronunciar corretamente de forma orientada. The Voice, device, chicken… tudo parecido, mas tudo diferente. Até quando vocês acham que a limitação da liberdade do consumidor vai tolerar a limitação da qualificação dos atendentes (e servidores em geral), que toleram a (e são tolerados pela) limitação dos modelos mentais dos investidores, donos, diretores e gestores dos negócios atuais? Tem gigante que acaba corroído por dentro, como a Petrobras, que também foi corroída por fora. Sempre há brecha para ruptura (“disfunção”) tanto dentro quanto fora das empresas em si, dos modelos de negócio de forma geral e das indústrias (“setores”, áreas de atuação) como um todo. Se a exaustão de uma lógica ainda não chegou na sua empresa, na sua profissão, abra o olho, abra a mente: você pode ser vítima ou você pode ser a pessoa que aproveita. Li em um livro: “a gente não consegue controlar as mudanças, a gente só consegue se antecipar a elas”.

Quer ver outro tipo de produto, outro tipo de negócio, outro tipo de indústria que também é super tradicional, bem sólido, concreto? Não to falando de cimento porque não sei se tem por assinatura, to falando é de livro! Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg, mais conhecido como Gutenberg, foi O Cara mesmo. Com uma só tacada (a invenção da impressora tipográfica mecanizada) ele conseguiu automatizar a escrita (especialmente a reescrita, em lote, chamada de impressão mecânica), democratizar a religião (o primeiro livro impresso por ele foi a Bíblia em alemão – antes só existia em latim e era copiada a mão por monges, que eram uns dos poucos que conseguiam ler… e que diziam pros outros o que estava escrito). Ah, ainda foi a impressora de Gutenberg que possibilitou a imprensa escrita (a primeira de todas as formas de imprensa tal qual a conhecemos) e, após ser eletrizada, deu ao mundo o caminho simbólico e relacional que tangibilizou um mercado de massa, elemento-chave para a construção do capitalismo (em mesmo grau de importância do que bancos ou máquinas, eletricidade, produção serial). Mas nem a revolução industrial nem a revolução dos escritos terminaram por aí.

As mudanças radicais continuam sem limites

Depois de Gutenberg, a gente viu máquina de escrever portátil, elétrica, digital. Computador. Impressora portátil. Internet. Computador que cabe no bolso e faz telefonema. Lojas digitais, livros digitais, leitores eletrônicos com telas que imitam papel e tinta. Vimos a Bookess  buscar a simplificação da cadeia autor-agente-editora-impressora-distribuidora-livraria-leitor, oferecendo auto-publicação e auto-impressão com uma simples lógica autor-bookess-leitores, que permite o autor acumular o dinheiro que seria disperso nas outras etapas.   Sem contar que, além de vender no próprio site Bookess, dá um embude para o leitor vender onde quiser e também dispara a obra para praticamente todas as lojas virtuais.

A Amazon, por exemplo, começou como loja, aí passou a atuar como um misto de editora/publicadora/distribuidora (você pode simplesmente escrever seu livro digital e disponibilizar na plataforma deles), aí lançou um equipamento de leitura de livros digitais (o Kindle), aí libertou o software do Kindle para todo  mundo instalar em qualquer aparelho que quiser. Tudo isso sem abandonar os livros impressos (e diversas linhas de produtos físicos). Aí começou a vender música, alugar filmes. Aí resolveu, no meio do ano, que ia deixar todo mundo ler qualquer ebook à vontade se pagasse uma assinatura de 9,99 dólares. Uau! Se eu fosse interpretar com rancor, pensaria que a lógica deles foi “antes de ser atropelado por alguém, atropele todo mundo”. Óbvio, nem todo mundo consegue se bancar desse jeito, mas eles são a prateleira infinita do mundo, podem calcular a média de gastos de batalhões de clientes… e fazer todo mundo comprar numa escalada de comprometimento (pagar todo mês) desmiolada (no brainer).

Justo, pensei. E fui comprar. Mas, mesmo tendo uma conta norte-americana (porque acho melhor do que o acervo brasileiro deles), não consegui contratar a tal da assinatura Kindle Unlimited. Até que esta madrugada ela foi disponibilizada no Brasil! Aparentemente, a oferta brasileira, que custa R$ 19,90 por mês, fala em uma quantidade grande porém limitada de livros digitais incluídos (enquanto o site internacional da Amazon promete acesso ilimitado a todo acervo – e também deixa ouvir a leitura dos livros, que ainda não chegou por aqui), mas já é um progresso. E, claro: o primeiro mês é grátis, desde que você informe endereço, CPF e principalmente o cartão de crédito. Isso se você conseguir enxergar o que está digitando, porque a versão tropicalizada do cadastro tem cara de anos 1980, credo! Eu peguei um outro email (para preservar o da minha conta ‘americana), criei uma conta brasileira e já habilitei a belezura. Agora é só ficar alternando de login nos apps de Kindle dos meus divaissi, haha!

É, botei este vídeo em inglês porque não consegui pegar aquele em português – a Amazon não deve querer que as pessoas divulguem. Entretanto, tem um vídeo em português sobre o Kindle Unlimited que eu achei – e não é da Amazon. Gravado em julho deste ano (antes mesmo da versão em inglês do Kindle Unlimited estar disponível) por Nano Fragonese (escritor profissional e consultor na McSill Story Consultancy), o vídeo apresenta uma série de questionamentos que as editoras de livros devem fazer a si mesmos e à Amazon. Para quem não entende muito desta área de livros, vale assistir.

Cada um com o seu “papel”?! 🙂

No Brasil, quem já andou se questionando sobre assinatura de livros foi a HSM Educação Executiva. Há 15 meses (informação não confirmada), eles vendem assinaturas de livros impressos pelo chamado HSM BookClub. Ok, não são ebooks, mas ainda assim é uma inovação: por mensalidades de R$ 39,90 o leitor recebe um livro de lançamento na sua casa, todo mês, sem pagar frete, de renomados autores de gestão internacionais.

No mês passado, o livro distribuído foi o Value Proposition Design, do Alexander Osterwalder (continuando a saga dos clássicos startupeiros Business Model Generation e Business Model You) – nas lojas este título tem o preço de R$ 79,90. O livro que vai ser distribuído em janeiro (e apenas para quem já tiver assinado até meados de 20 de dezembro) foi escrito por Perry Biscione, uma mulher que trabalhava no Congresso dos Estados Unidos e na Casa Branca antes de se mudar para o Vale do Silício, abrir uma empresa de jogos educacionais infantis e uma de multimídia que opera a rede feminina de negócios Alley to the Valley (além de estar em diversos veículos de comunicação e ser uma best seller… com o livro de janeiro).

HSM_book_club

O chato deste modelo (me frustra como cliente, me frustra mesmo e como estrategista, creio que seria gerenciável) é que você não pode “pular” o livro do próximo mês e pegar em troca algum livro que já foi entregue em um mês anterior ao início da sua assinatura. De toda forma, também como estrategista, entendo que este fator de escassez pode funcionar tornando mais urgente a decisão de contratação do plano. Ainda como estrategista, eu repensaria esse limitador. A escassez é sim um elemento importante até para produtos culturais e intelectuais (sejam filmes digitais no Netflix ou livros impressos do HSM BookClub), que muito mais facilmente escapam do controle. Só que a barreira do pagamento funciona no digital porque não há limites de tempo e espaço: em obras de conhecimento, a escassez só funciona como bilheteria para a abundância! Ainda assim, gosto do clube – que não é a única inovação da empresa: recentemente lançaram uma espécie rede social para “annotation” na qual os clientes ligados (pagantes de assinatura) podem ler artigos e até “legendas de vídeos” anotando seus comentários, vendo os dos outros leitores.

Enfim, fim. Chega de escrever. Chega de ler. Por ora.

Neste artigo, você ia entender:

  • Kindle Unlimited (novidade da Amazon brasileira, já em voga em outros países) e outras assinaturas brasileiras;
  • verdadeiras razões (especialmente psicológicas) de uma barreira “exclusivo para pagantes” (paywall);
  • se assinatura é um bom modelo de cobrança (e de negócio);
  • a natureza infiel das mudanças drásticas.

Entendeu?

Mas você não vai entender:

  • pq eu gosto de ler e escrever;
  • pq meu quarto é desse jeito 😉

Ficou imaginando? Haha, aproveite seu tempo com outra coisa! Vai inovar!

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