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Quer liderar com sabedoria? Então, oriente-se


Este artigo foi escrito por Pedro Camargo, consultor, conferencista e professor de pós-graduação em Neuromarketing e Biologia do Comportamento do Consumidor.

Os indianos estudam a mente de uma maneira muito diferente dos ocidentais. Eles se concentram na própria dinâmica cerebral, o que chamamos por aqui de metacognição. E os nossos estudos ocidentais, mais especificamente as ciências sociais, concentram-se em entender as outras pessoas e não a si mesmo. A pesquisa oriental é focada no self (em si) e a ocidental, no outro, no mundo exterior, e não há um olhar para dentro de si.

E aí eu te pergunto: Será que dá para liderar uma equipe sem conhecê-la antes? É possível ter um nível excepcional de controle para não cometermos erros nem julgamentos inapropriados se não sabemos como nos observar? Essas questões estão no cerne da nova visão de Liderança, um comportamento que vem sendo acompanhado de perto pela neurociência e ao qual se dá o nome de neuroliderança.

Percebe-se então que, nessa nova visão e nesses estudos, os holofotes estão voltados para a compreensão do interior do líder antes que ele tente entender seus colaboradores, sua equipe. A neurociência, assim como a filosofia indiana, creio, podem ajudar mais do que a psicologia em si, que é behaviorista e observadora dos atos de terceiros e não de si. Talvez devêssemos até incluir nos estudos de recursos humanos um módulo de metacognição.

Richard L. Daft, professor de Liderança na Owen Escola de Administração da Vanderbilt University trata desse assunto com muita propriedade e uma leveza incrível no seu livro “O Executivo e o Elefante”, que chega ao Brasil este mês, através da Editora Novo Conceito.

O Executivo e o Elefante - Editora Novo Conceito

O Executivo e o Elefante – Editora Novo Conceito

O pensamento indiano já sabe há muito o que a neurociência vem descobrindo faz pouco tempo, que não temos tanto livre-arbítrio ou autocontrole como imaginamos, pois existem áreas cerebrais mais antigas, alguns até dizem mais “primitivas”, que processam as emoções e os instintos de sobrevivência, como o sistema límbico, bem no meio do cérebro, e o reptiliano, na base desse órgão, que nos controlam em várias situações sem que percebamos. Essas regiões cerebrais promovem aqueles impulsos quase indomáveis que nos acometem com frequência, na vida e no trabalho. Quando nos damos conta, já fizemos ou já falamos algo sem pensar nas consequências. E quem pode nos dar o tal livre-arbítrio ou um melhor controle dos nossos atos é outra área cerebral evolutivamente mais recente, o córtex pré-frontal, que processa o pensamento, o planejamento e as consequências dos nossos comportamentos orais ou físicos.

Os indianos sabem, como ninguém, olhar para dentro de si e controlar o elefante que representa os instintos e as emoções, e dar comandos via o executivo, que é a área pré-frontal. O elefante é rápido, impulsivo, e sua inquietude muitas vezes é intensa e difícil de ser controlada, pois ele procura recompensa imediata e vive para defender o organismo em que está inserido e as suas posições atitudinais com unhas e dentes. Tem também intervalos de atenção muito curtos e se distrai facilmente, mudando o foco rapidamente, às vezes sem terminar uma tarefa, que vai desde ouvir um colaborador até se concentrar num projeto. Já o cérebro executivo não reage de maneira tão exagerada às situações, é mais ponderado.

No entanto, para ser um líder no sentido oriental, se faz necessário olhar para si, para sua mente, e assumir o controle do seu próprio pensamento, modificando as conexões neurais negativas e improdutivas. Essa capacidade é uma prerrogativa da nossa espécie, uma capacidade dos seres humanos, mas pouco usada, pois é preciso muita concentração e uma tremenda força vontade para mudar o que se está acostumado a fazer e repetir. E modificar a maneira como você lidera às vezes significa subverter todos os hábitos que criou até então. Por isso, vou acrescentar mais uma prerrogativa, que é a coragem de assumir que precisa modificar-se.

“Aquele que deveria governar os outros deveria primeiro ser o mestre de si mesmo”. Philip Massenger

Quer ser um grande líder? Então faça como os indianos, olhe para si e oriente-se de dentro para fora e não ao contrário, como nos ensina a escola ocidental, tentando controlar os seus liderados antes de saber como controlar-se.

Se interessou sobre o assunto? Então veja abaixo o book trailer sobre o livro “O Executivo e o Elefante” abaixo (link direto para o youtube):

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