O seu produto tem uma vantagem real ou é um placebo? Veja o que o transforma em um placebo – e por que nem sempre isso é ruim
Os placebos, quando utilizados de forma ética, são ferramentas poderosas. Eles podem curar doenças, dar melhor sabor aos alimentos e aumentar a qualidade percebida das coisas.
Eles podem melhorar a forma como os professores ensinam, os alunos aprendem e julgamos nossa própria segurança.
Nem todos os placebos funcionam, e eles não funcionam em todos os campos. Aqui estão algumas coisas que placebos bem sucedidos têm em comum.
Eles fazem melhor quando melhorar algo é difícil de medir objetivamente.
Será que este som estéreo é melhor do que esse? A dor de cabeça está melhor hoje?
Às vezes, o resultado é difícil de medir objetivamente porque é abstrato, mas às vezes é porque é pessoal.
Se você afirmar que um novo taco faz uma bola de golfe ir mais longe, um teste cego é o suficiente para sabermos se isso é verdade.
Em 1796, quando a homeopatia foi desenvolvida pela primeira vez, sabíamos muito pouco sobre átomos, moléculas e método científico.
Hoje, os pacientes informados acham que ela não vai funcionar e por isso não adotam os tratamentos. A mesma coisa vale para a astrologia, que foi inventada antes de Copérnico.
Argumente o quanto você quiser sobre estar comprando ou vendendo placebos, mas é bastante possível que o placebo certo, juntamente da história que você quer contar pode aumentar drasticamente os seus resultados.
Se você quer melhorar o desempenho, o placebo é, às vezes, a maneira mais segura e barata de fazer isso.
A oportunidade é encontrar um modelo que possa funcionar, e que funciona de maneira ética e eficaz.
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Este artigo foi adaptado do original, “Crucial elements for the placebo effect”, do blog do Seth Godin.