Muito já foi dito sobre os benefícios do uso das redes sociais, e seus malefícios, especificamente quando feito de forma inadequada e irresponsável. No entanto, parece que algumas pessoas permanecem distantes da leitura ou simplesmente ignoram tais informações.
Recentemente, flagrei o post de um colaborador, de posição estratégica em uma grande instituição em que presto serviços de consultoria, dizendo: “Que reunião chata, acaba logo”, ou seja, exatamente no momento em que participava da mesma.
Engana-se quem acredita em estar isento de observação e avaliação de sua exposição por já estar inserido no mercado de trabalho. A “investigação” ocorre antes, durante e até mesmo após o contrato de trabalho.
Com maior frequência, no entanto, ela acontecesse na busca do profissional e antes da sua contratação. O perfil encontrado numa rede profissional, como é o caso do Linkedin, também é “investigado” em uma rede pessoal, exemplos de Facebook e Twiter, os mais habituais.
Por muitas vezes descobre-se, através desta pesquisa, um posicionamento contraditório, com declarações do tipo “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.
Deve-se ter muito cuidado e evitar postagens que possam evidenciar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, manifestações de ódio pelas segundas-feiras, de alívio e prazer pelas sextas, referências negativas ao antigo ou atual local de trabalho e às pessoas com quem convive diariamente.
Torna-se cada vez mais fundamental, o cuidado com a imagem. Um eficiente marketing pessoal começa pela coerência na postura e nas atitudes que façam relembrar Pompéia, a mulher de César, cujo comportamento propiciou ao imperador, segundo o historiador Suetônio, cunhar a frase “não basta ser honesta, é preciso parecer”.
Problema de alto nível (quando alguém precisa decidir entre duas ou mais excelentes opções) só conquista quem faz das próprias atitudes suas maiores porta-vozes.
Este texto é uma colaboração do palestrante consultor de Gestão Maurício Seriacopi.