Às vezes, em função das dificuldades que enfrentamos no ambiente de trabalho, acabamos esquecendo de explorar determinadas áreas, ferramentas, soluções ou demandas específicas, que poderiam nos ajudar a progredir, e a driblar os efeitos nocivos da recessão sobre nossas finanças, e o faturamento de nossa empresa. Para isso, dispomos de inúmeras ferramentas, como corte de gastos, inovação e busca de novos clientes, que podem nos ajudar a minimizar os laboriosos e desgastantes efeitos da crise. Quando nossa empresa está em dificuldades, normalmente estamos negligenciando elementos que poderiam nos auxiliar no combate às adversidades. É verdade que nem todas estas estratégias são de fácil aplicação, e algumas delas – ao menos em áreas mais específicas – exigem um investimento impossível de ser realizado no presente momento, em função da ausência de capital, ou porque a probabilidade de retorno do investimento, ao menos no curto prazo, é uma impossibilidade.
Em uma recessão, a primeira iniciativa da grande maioria das empresas é cortar gastos. Cortar gastos é sempre uma tarefa difícil, ainda mais quando realizamos cortes de forma organizada e sistemática, sem que apareçam os resultados desejados. Com as despesas cada vez mais altas, e um estado altamente intervencionista que nunca para de extorquir o setor privado e cobrar taxas por serviços que ele jamais realiza, para a grande maioria das empresas, não restam alternativas ou opções melhores, a não ser o corte de despesas. Mas, às vezes, você já cortou tudo o que podia. Então, como reduzir ainda mais os gastos?
Esta é sempre uma tarefa muito difícil, ainda mais quando, depois de algum tempo, trabalhamos com um quadro de funcionários que foi reduzido ao máximo. Sem alternativas, muitos recorrem aos bancos, acabam comprometendo-se com empréstimos, juros altos, e eventualmente ficam frustrados, pois não são capazes de dar a volta por cima, em função da atual situação econômica, que não apresenta melhoras consistentes. Um dos aspectos mais importantes que devemos compreender no atual momento de declinante conjuntura econômica é que existem inúmeros fatores que estão além de nosso controle, e jamais teremos capacidade de fazer as circunstâncias estarem sempre a nosso favor.
Conforme o capitalismo de estado cresce, o capitalismo de mercado definha. É natural que na situação em que o país se encontra – tendo um estado centralizador enorme, burocrático, perdulário, ineficiente e excessivamente caro – acabemos por ficar muitas vezes em uma espécie de beco sem saída, onde não vemos uma solução plausível para as dificuldades que enfrentamos. É fundamental lembrar que nesta etapa, o corte de gastos é apenas uma ferramenta que está à nossa disposição para nos ajudar, mas ela não é a única. Uma persistente busca por novos clientes também deve ser uma possibilidade a ser explorada, e para isso, possuímos inúmeras ferramentas à nossa disposição, para a realização de um primeiro contato, e quem sabe, a oportunidade para apresentarmos ao prospectivo cliente o produto ou serviço que oferecemos. O componente da inovação – fazer algo que ninguém na sua área de atuação faz, apenas você – é outro importante elemento a ser explorado. Muitas vezes, é este componente, aliado à excelência da qualidade, que poderá garantir a sua permanência no mercado.
Evidentemente, qualquer estratégia que apliquemos para fazer nossa empresa sobreviver não dará resultados imediatos. É necessário ânimo e persistência, e nem todos os dias serão efetivamente produtivos. Mas não devemos fazer de nossa profissão um calvário indesejado. Toda a situação ruim é temporária, e eventualmente acaba passando. É verdade que às vezes pode demorar, mas como diz o ditado, nada neste mundo é permanente, apenas a mudança. No período de dificuldades em que vivemos, é fundamental encaramos os desafios com maturidade, e compreendermos que a resolução para os nossos problemas repousa na nossa capacidade de planejar soluções inteligentes, adaptáveis e flexíveis.