Esqueça esta história de sobrecarga de informação, a menos que você seja de uma geração desacostumada com a Internet.
Esta é a conclusão de um trio de pesquisadores da Northwhestern University e da Universidade de Michigan, que entrevistou sete grupos de 77 pessoas para entender a psiqué do novo consumidor midiático.
Ao contrário do que muitos especialistas afirmam quando dizem que esta geração sempre online é formada por pessoas anti-sociais, mais preocupadas com atualizações e hashtags do que com abraços, o novo estudo aponta que os participantes são entusiasmados e cheios de energia, justamente pelo volume de informações que recebem o tempo todo. De acordo com a pesquisa, é a qualidade da informação, e não a quantidade, que lhes afeta positiva ou negativamente.
“Ao invés de se sentirem pressionados por muitas opções, os participantes revelaram aproveitar a liberdade que isso traz, especialmente quando se trata de informação online”, explica o estudo. “O entusiasmo pelas novas mídias foi praticamente unânime“.
Segundo a pesquisa, a televisão ainda é o meio de mídia mais popular, seguida pelos websites. Mas os jornais televisivos são frustrantes para esta nova geração, infeliz com o sensacionalismo diário. Eles preferem buscar suas próprias notícias em feeds e blogs.
A pesquisa mostra ainda que 20 dos 77 participantes mantinham sentimentos negativos em relação às mídias sociais, enquanto os demais eram positivos ou “extremamente positivos”. Mesmo neste caso, o sentimento negativo se deve à reputação das redes e não ao conteúdo publicado.
Onze dos 77 entrevistados reclamaram de sobrecarga de informação e um deles disse que chega a hiperventilar pelo nervosismo da diversidade de escolhas.
Um dos autores do estudo diz que a sensação de sobrecarga de informação é mais comum nas pessoas com baixo conhecimento do uso da Internet. Hoje temos mais de 72 horas de vídeos sendo “upados” no Youtube por minuto, 340 milhões de tweets por dia e mais de 50 milhões de blogs criados no Tumblr.
Adaptado de texto de Bianca Bosker, originalmente publicado no Huffington Post.