Produzimos mais conteúdo diariamente do que em mais de 2 mil anos. Será que esse é um indício do fim? Entenda o que nos espera
Não deve ser uma surpresa pra ninguém que o marketing de conteúdo chegou ao final de seu curso.
Quantos e-books, listas top 10 e infográficos será que precisamos para viver?
Pessoalmente, todas as essas iscas e ferramentas de publicação são corresponsáveis pela morte do marketing de conteúdo.
Quando pensamos sobre marketing de conteúdo, o que vem à mente é algo muito comum em qualquer área: o conhecimento. O conhecimento em si, não é um problema. A batalha acontece quando precisamos aplicar o conhecimento.
Se pararmos para pensar, como alguém tem tempo para ler ou até mesmo escanear, ou olhar, uma pequena parte do conteúdo criado diariamente na internet?
Hoje, uma criança com menos de 5 anos já foi impactada por mais conteúdo (internet, rádio e TV), do que um imperador tinha acesso em toda a sua vida, há 200 ou 300 anos atrás.
A parte mais preocupante nisso tudo é que realmente há muitas coisas boas no mar de conteúdo.
Como um produtor de conteúdo, preciso admitir o fato de que é improvável que qualquer pessoa consiga produzir algo 100% inédito em algum lugar do mundo.
O que eu costumo dizer é: seja lá qual for a sua ideia, alguém, em algum canto do mundo, seja na Ásia, na Oceania, na Rússia, Turquia, ou apenas nos Estados Unidos, já pensou o mesmo, produziu o mesmo, ou está trabalhando nisso.
Há literalmente, milhares de milhões de artigos sobre marketing de conteúdo, SEO, links patrocinados, marketing digital, e tudo mais relacionado a esse mercado.
O que mais é preciso dizer?
O conteúdo está contra a parede
Ele está sendo esmagado. Depois de estudar um pouco sobre o marketing de conteúdo, sabemos que o futuro não será como nossos sonhos.
Aqui está um pequeno panorama do que está acontecendo hoje:
- As taxas de cliques são ínfimas.
- Os formulários de inscrições são vergonhosos.
- As taxas de abertura de e-mails e newsletters são completamente irrelevantes.
- O opt-out vem aumentando nos últimos 6 meses. O usuário sai da sua lista assim que recebe o seu download
O conversation marketing
O marketing de conteúdo se tornou chato. O seu valor é limitado, pois representa apenas uma forma de comunicação.
Enquanto o propósito declarado do marketing de conteúdo é educar, todos sabemos que os livros didáticos e palestras são o método mais eficaz de aprendizado.
De maneira simples, o marketing é responsável por:
- Atrair prospects.
- Nutrir os prospects através de seu processo de aprendizagem.
- A transição dos prospects para a área de vendas (virtuais ou humanas) quando eles entram em um processo de compra.
Usando essa definição, é lógico que a qualidade do marketing depende do grau em que os prospects podem ser encontrados ao longo dessa jornada.
Enquanto o marketing de conteúdo é certamente mais eficaz do que a publicidade, ela empalidece em comparação com qualquer conversa bidirecional.
O próximo passo
A eficácia do conteúdo tradicional já atingiu retornos decrescentes. Como a eficácia diminui, as empresas recorrem a fontes de criação de conteúdo mais baratas.
Em vez de produzir artigos, checklists e e-books, as empresas vão precisar investir em ferramentas e tecnologias que lhes permitam ter conversas reais com seus prospects.
Algumas pessoas vão achar o diálogo um papo furado. Estas são, provavelmente, as mesmas pessoas que rejeitaram a ideia do marketing de conteúdo e agora estão entrando na onda.
___
Este artigo foi adaptado do original, “The Death of Content Marketing (and what’s next)”, do Townsend Wardlaw.