Você já tem uma ideia em mente, recurso financeiro (ou sabe como consegui-lo) e está pronto para empreender? A saúde financeira do seu negócio é crucial para fazê-lo dar certo
Por isto, separamos 10 dicas de finanças para auxiliá-lo na abertura do seu negócio. Confira:
1. O negócio é seu, as finanças da sua empresa não
Saiba separar o pessoal dos negócios, principalmente quando se tratar das finanças. Abra uma conta corrente e tenha um cartão de crédito, se necessário for, exclusivamente para seu empreendimento. Isto facilitará o controle das contas a pagar e a receber, garantindo o total controle do seu fluxo de caixa.
Para evitar confusões não comprometendo o desenvolvimento da sua empresa ou se endividando com as contas do mês, considere reservas financeiras também distintas: capital de giro para investimentos conforme previsto em seu plano de negócios e um montante para arcar com suas despesas pessoais à parte pelo mesmo período.
2. Tenha todos os custos na ponta do lápis
Você passou horas amadurecendo a ideia antes de efetivamente abrir seu negócio. Analisou cada detalhe, montou um plano de ação. Faça o mesmo com os custos da abertura até, no mínimo, os próximos 12 meses ou o tempo previsto até o seu empreendimento chegar ao grau de maturidade.
Desde o primeiro dia do negócio, utilize um software para controle de finanças empresariais. Contemple os custos diretos, indiretos, fixos e variáveis. Se você não puder controlar os custos utilizando uma plataforma mais profissional, comece ao menos utilizando uma planilha e lembre-se de registrar nela toda e qualquer transação.
Não esqueça de englobar os juros e encargos de empréstimos, caso os tenha feito, e a sua remuneração dos funcionários da sua folha de pagamento. Faça ajustes sempre que necessário para que seu orçamento permaneça atualizado. Isto o ajudará a identificar as despesas de médio e longo prazo, além de distingui-las das pessoas.
3. Evite papéis
Controlar sua empresa utilizando papéis significa a necessidade de arquivos físicos e exímia organização, ou seja, mais espaço e mais tempo dependido: custo!
Com o avanço tecnológico e a internet, as transações financeiras se adequaram ao on-line. Hoje é possível efetuar pagamentos, transferências, gerar e enviar faturas de cobrança e controlar a movimentação bancária da sua empresa sem filas, estresse ou perda de tempo.
Também acompanharam esta evolução os documentos fiscais. Notas fiscais ganharam exigências por um formato eletrônico. Desta forma, mantenha pastas organizadas por tipo de transação, ano e mês de vencimento em seu computador e não se esqueça do backup diário. Acessibilidade aos dados é trivial para facilitar a gestão e o controle total das finanças do seu negócio.
4. Estoque é dinheiro parado
Se você enxerga seu estoque como um mero local para armazenagem de mercadorias, você está fazendo isto errado.
Estoque é dinheiro já investido e parado. Claro que você quer dar vazão a este. Mais que isto, é preciso entender que o seu estoque, quando devidamente controlado, é um ativo de inteligência para o seu negócio, funcionando como um termômetro de investimento: produtos com saída lenta ou em pouca quantidade devem ter seu plano marketing e vendas revisto ou devem ser descontinuados (e o inverso também é verdadeiro). Com isto será possível otimizar as vendas e crescer o seu faturamento.
5. Alinhe as contas a pagar e a receber
Existem as datas em que contas devem ser pagas e as de recebimento dos pagamentos pelas vendas efetuadas. Manter o alinhamento entre estas contribuirá com a precisão seu caixa mantendo-o estável (atenção: isto não necessariamente está relacionado ao lucro).
Para isto, além de efetuar pagamentos em dia, cuidados como a avaliação da capacidade de pagamento dos seus clientes é primordial. Antes de concretizar a venda, realize as consultas de crédito padrões (CPF ou CNPJ junto aos órgãos de crédito), avalie as formas e prazos de pagamento (principalmente neste início) e não se deslumbre com grandes pedidos de novos clientes (estes casos requerem mais atenção e, por isto, dê preferência aos pagamentos à vista).
Com o tempo e ganho de confiança você saberá quem pode ter um diferencial no pagamento, seja um maior desconto ou prazo de pagamento. Até lá, além do alertado, tenha uma sobra para cobrir possíveis atrasos, evitando gastos não programados como juros e outras taxas.
6. Fluxo de caixa: sobrar ou faltar é diferente de lucrar ou ter prejuízo
O fluxo de caixa é um controle essencial para acompanhar a evolução do seu negócio através de entradas e saídas por um dado período (o ideal é um controle e análise diários, mas fica a seu critério e modelo de gestão esta periodicidade).
Com este instrumento gerencial é possível ter controle e acesso a informações de toda a movimentação financeira da sua empresa, uma vez que este engloba contas a pagar, a receber, de vendas, de despesas, de saldo de aplicações e todas as demais movimentações de recursos da sua empresa.
Uma análise criteriosa deste fluxo auxilia a maximização do ROI e previsão de sobras e faltas de recursos (dinheiro) para o seu negócio, o que não é necessariamente considerado lucro ou prejuízo.
Dinheiro parado não rende. Por isto, resultados positivos (sobra), quando de fato são analisados todos os custos, devem ser aplicados ou investidos, antecipando o planejamento de médio prazo, por exemplo. Para isto, seu controle de estoque e de vendas serão grandes aliados indicando em que investir.
Já os resultados negativo servirão como sinalizadores para modificação de ações para reverter resultados.
Apenas a longo prazo será possível verificar se esta sobras ou faltas representam lucros ou prejuízos reais. Por isto, fique de olho no fluxo do seu caixa com foco na análise dos resultados. Identificar onde, como e por que seu caixa apresentou resultados positivos ou negativos direcionará o seu negócio.
7. Conte com orientações de um profissional de finanças
Se você não é um profissional da área de finanças, não tem um sócio com esta expertise ou um amigo disposto a auxiliar nestas questões, contrate.
Ter o máximo de orientações de um contador ou administrador é um investimento fundamental para evitar surpresas fiscais e manter seu plano de contas em dia sem se preocupar com o leão.
8. Conheça os aspectos legais para a sua empresa e do seu ramo de atuação
Verifique os aspectos legais necessários para o funcionamento da sua empresa conforme o seu ramo de atuação.
Ter conhecimento sobre tipos de sociedade, registro de contrato social,marcas e nome da empresa, tributação, alvarás e licenças para funcionamento, planejamento trabalhista e cadastros na Receita Municipal, Estadual ou Federal pode evitar dores de cabeça e custos não planejados.
9. Trabalhe com metas e defina indicadores de desempenho
Você sabe aonde quer chegar. Para acompanhar as evoluções do seu negócio, estabeleça metas periódicas para cumprir o planejamento financeiro e defina indicadores de desempenho financeiro para acompanhar o retorno no investimento (ROI).
10. Aja sempre com planejamento
Planejar e avaliar deve fazer parte de um ciclo contínuo para você. Não conte com a fé de que amanhã um cliente pode pagar o que está atrasado ou que um novo pedido de compra chegará para salvar o mês. Isto poderá se tornar uma bola de neve e comprometer o seu negócio.
Por isto, um plano de negócios com um plano financeiro bem desenhado é a melhor forma de não passar apertos e prejudicar o crescimento da sua empresa. Conte com profissionais para fazer ou revisá-lo. Ter controles efetivos o auxiliará nas tomadas de decisão e dará mais segurança para investir.
Seguir estas dicas ajudará no crescimento sustentável do seu empreendimento, além de uma visualização sistêmica do negócio. Planejamento feito e instrumentos de controle preparados? Mãos à obra!
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Este artigo é um post patrocinado com o oferecimento de ContaAzul.