Até subir no palco e tornar uma peça sucesso de público e crítica, o caminho é longo. Nessa caminhada veja o que podemos aprender sobre growth hacking
Faltam 10 minutos. 10 minutos para a cortina!
O gerente grita para todo o backstage. A orquestra está afinando seus instrumentos. Os atores estão fazendo trava-línguas, relaxar, e fixar-se em seu personagem.
Os figurinistas criaram mesas especiais com lugar para cada adereço. Os maquiadores estão dispostos para ajudar com espartilhos, ganchos, perucas e próteses.
A equipe de palco testa seu emparelhamento. A equipe de iluminação e som verifica as luzes e medem os níveis de som e ruído antes do público chegar.
O diretor está à frente do palco, juntamente com o público, roendo as unhas e esperando que ninguém perceba as 3 doses de uísque que ele bebeu depois que deixou o camarim do protagonista.
O dramaturgo? Ele é muito tímido para ficar no meio da multidão. Ele vai esperar pelas críticas online em casa, com uma xícara de chá. Já o produtor está trabalhando junto com a multidão de apoiadores e imprensa para garantir que todos tenham um grande momento.
Ele está esperando que o show seja um sucesso, para que tenha dinheiro suficiente para investir em sua próxima grande obra de arte.
Sim. Este artigo é sogre growth hacking. Mas ser um gerente de palco, um diretor ou um artista pode nos ensinar muito sobre o tema.
O que os growth hackers podem aprender com o teatro?
Lição #1: o papel de cada pessoa está a serviço do script
Mesmo o papel do diretor é interpretar esse script, para definir a visão pela qual o script será interpretado.
O produtor financia um roteiro e uma produção. Assim é no growth hacking: o seu trabalho é servir a empresa, e não o ego do growth hacker.
Lição #2: grandes shows exigem pessoas talentosas
As experiências teatrais mais transcendentes exigem equipes compostas inteiramente de especialistas de classe mundial no assunto.
No mundo dos negócios são os engenheiros 5 estrelas, os jogadores classe A, estrelas do rock, ninjas, gurus e assim por diante. Como um growth hacker você precisa ser incrível para fazer as coisas acontecerem.
Lição #3: Grandes shows exigem grandes equipes
Teatro é a única técnica que não pode ser feita sozinha. As sinfonias têm diretores. Artistas plásticos trabalham principalmente sozinhos. O ballet é dirigido por um coreógrafo.
Mas e o teatro? Uma equipe de especialistas no assunto é necessária para que ele exista. Todos são importantes e nenhuma profissão é mais importante do que a outra.
E no entanto, a criação de uma grande arte requer paixão e visão brilhantes, pessoas apaixonadas por lutar por aquilo em que acreditam e reuniões de projeto que parecem mais com um retiro espiritual.
Como growth hacker a parte mais fascinante desses confrontos é a criatividade que sai deles.
Sozinho somos grandes, mas somos melhores juntos
Imagine o que seria de Steve Jobs sem Steve Wozniack, Jony Ive, Tim Cook, e um elenco de milhares de desconhecidos.
Imagine o que seria de Bill Gates, e da Fundação Gates, sem Melinda Gates.
O marketing sem engenharia é algo oco. E a engenharia sem o marketing é totalmente estéril. Um precisa do outro. Então, é melhor parar de discutir o que é mais importante e continuar com o show.
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Este artigo foi adaptado do original, “All The World’s a Stage”, do Medium.