Muitos mitos e superstições ainda rondam o growth hacking e com isso profissionais interpretam mal o papel desses profissionais dentro das empresas
Hoje, o crescimento tornou-se um tópico regular nas conversas em aceleradoras e startups. Mais e mais startups estão buscando growth hackers ou desenvolvendo suas próprias estratégias de crescimento.
No entanto, há milhares de mitos envolvendo o propósito e a função do growth hacker depois que ele ganhou notoriedade.
Aqui vamos explorar 6 dos mitos mais comuns que servem para algumas pessoas interpretarem mal os métodos e objetivos do growth hacker e afastar falsas expectativas.
Mito #1: growth hacker é um conjunto de atalhos para crescer
Verdade: o segredo é a mentalidade, não o conjunto de ferramentas
Os Growth hackers são muitas vezes vistos como parte essencial do segredo para criar uma startup que cresça como um foguete.
O growth hacking é frequentemente visto como algo como um livro de segredos sobre encontrar e alavancar o crescimento. Esses segredos ficam escondidos na mente de um growth hacker, que faz com que as empresas cresçam magicamente.
A magia de um growth hacker não é nenhuma magia ou poder misterioso, mas um estado de espírito que se concentra no que a maioria das startups acaba esquecendo.
Quando um growth hacker entra em uma empresa, ele provavelmente irá refrescar a memória dos fundadores sobre os recursos esquecidos.
Mito #2: o growth hacker é uma solução rápida para os problemas de uma empresa
Realidade: os growth hackers não são feitos do dia pra noite
O crescimento não acontece do dia pra noite. Ele é iterativo. O crescimento viral não é uma estratégia tudo-em-um. Ele não pode ser aplicado como uma regra única em todas as empresas.
Nem tudo pode ser viral. Uma grande quantidade de perseverança é necessária. Há um grande número de experimentos fracassados antes do sucesso. Há uma linha tênue entre o fracasso e o sucesso.
Existem diferentes tipos de crescimento: pequenas vitórias e grandes vitórias. Growth hackers olham além das otimizações óbvias e se preocupam no uso de recursos que poderão ser um divisor de águas na empresa.
Encontrar um growth hacker vai ajudar a sua empresa a fazer as perguntas mais profundas e encontrar o caminho do crescimento sustentável de longo prazo para o seu produto.
Mito #3: growth hacking é algo novo
Realidade: growth hacking não é algo inteiramente novo
Hi5, Slide, Bebo, Facebook e LinkedIn foram algumas das primeiras equipes a darem ênfase no crescimento de usuários e engajamento, muito antes do termo growth hacker ser criado.
Definitivamente isso não é uma coisa nova, é apenas um novo título. Agora esse profissional tem um nome, mas isso já é algo que vem acontecendo há um certo tempo.
Enquanto a busca do conhecimento viral tem sido um foco desde os primórdios da web, as melhores equipes de produtos sempre tiveram foco no crescimento, especialmente desde o surgimento do Facebook, em 2008.
Mito #4: o growth hacker é o novo marketing
Realidade: os growth hackers tem objetivos de marketing, mas usam táticas diferentes
O crescimento vem de uma estratégia de produto bem executado e dirigida a dados, e não em uma estratégia de marketing.
Profissionais de marketing e growth hackers têm objetivos comuns, que trabalham em conjunto diariamente para fazer com que diferentes métricas deem certo.
No entanto, growth hackers estão buscando o crescimento, através da utilização de produtos e iterações de produtos, em vez de estratégias de marketing.
Mito #5: growth hackers são programadores
Realidade: alguns growth hackers são programadores, mas muitos não são
A palavra hacker sugere que a capacidade de codificação é um requisito para ser um growth hacker. Mas Sean Ellis, fundador e CEO da Qualaroo cunhou a expressão growth hacker com outro objetivo em mente.
Eu usei a palavra hacker por conta da atitude, e não porque o growth hacker precisa ser um programador. Em outras palavras, os growth hackers encontram hacks para novas maneiras de obter resultados.
Não é à toa que existem vários growth hackers que têm formação e conhecimentos em engenharia de computação, tais como Jesse Farmer, Matt Humphrey, Dan Martell, Jim Young e Mike Greenfield. Esta correlação é devido à necessidade de aplicar desenvolvimento com o marketing para o crescimento.
O uso da palavra hacking relaciona-se à pergunta: “como podemos resolver o problema de uma forma diferente?”.
Mito #6: o growth hacker é apenas mais um funcionário
Realidade: growth hacking não é sobre pessoas
O crescimento vem de lugares diferentes dependendo do estágio de uma empresa. O growth hacker não é um cavaleiro solitário, mas sim parte de uma equipe com objetivos maiores.
As empresas devem buscar construir uma equipe de crescimento em vez de apenas uma pessoa.
A adoção de uma cultura de crescimento vai desafiar a maneira como um produto é tradicionalmente feito e priorizado. Não é uma tarefa fácil porque o crescimento normalmente muda a cultura de uma empresa e o que ela considera importante.
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Este artigo foi adaptado do original, “Defining A Growth Hacker: Debunking The 6 Most Common Myths About Growth Hacking”, do TechCrunch.