O que explica o fato de que muitas startups, antes mesmo de conquistarem a fama, conseguiram obter um crescimento tão grande? O que leva uma ideia a se tornar um grande negócio da noite para o dia? Muito disso pode ser explicado em duas palavras: Growth Hacking.
Growth pode ser traduzido como “crescimento”, enquanto Hacking, ao contrário do que muito se pensa, nada mais é que o ato de “encontrar brechas” — na computação, um hacker é um expert capaz de encontrar brechas nos sistemas de segurança, o que, muitas vezes, o leva a ser confundido com criminoso.
Isto é, o Growth Hacking é o que ajudará a sua empresa a encontrar oportunidades, em todo e qualquer detalhe, para atingir algum crescimento.
Continue lendo nosso conteúdo e entenda como isso funciona e qual a sua importância no marketing digital!
O que é Growth Hacking
Growth Hacking é um conjunto métodos, ferramentas e boas práticas, com foco único em crescimento.
A pessoa por trás de todo esse conceito chama-se Sean Ellis, que, por sua vez, acabou difundindo o Growth Hacking conforme foi prestando serviços para grandes empresas almejavam o crescimento rápido.
Com a necessidade de prosseguir com as implementações de Sean em cada empresa, uma nova categoria de profissionais foi inserida no mercado: os Growth Hackers.
Mas, por que não os profissionais de Marketing? Porque as estratégias utilizadas pelo setor não eram compatíveis com o que o Growth Hacking se comprometia a entregar às empresas.
Era preciso mais criatividade e inovações e menos investimentos financeiros, sobretudo com práticas tradicionais de Marketing — que possuem múltiplos focos e envolvem um alto grau de competitividade.
Basicamente, Growth Hacking é ver em cada estratégia, tática, ação e iniciativa uma brecha para gerar crescimento. Com uma abordagem mais poética sobre a questão, pensar em Growth é como enxergar o norte como a única via para chegar ao topo.
Qual o perfil de um Growth Hacker?
O perfil de um Growth Hacker não é formado por um curso de especialização, afinal, não estamos falando de um cargo existente — ao menos definido com tal nomenclatura — no mercado de trabalho.
Então, o que esse profissional tem que você não tem? Às vezes, você pode ter até muito mais que o necessário para ser um Growth Hacker, pois esta é uma questão de ter domínio em certas competências.
Basicamente, o perfil de quem segue essa carreira pode ser representado pelo profissional com conhecimentos em:
- Marketing (Inbound Marketing; Copywriting; Desing etc);
- Analytics (Digital Analytics; Estatística e Testes A/B);
- Tecnologia (Planilhas; Programação Básica; Banco de Dados etc).
4 mitos a respeito de Growth Hacking
Se os mais antigos conceitos — isso em todas as áreas — acumularam diversas falsas afirmações e equívocos que praticamente se perpetuam. A realidade não muda com relação às novidades.
Isso porque, com a dinâmica da internet, qualquer equívoco pode ser difundido em longo alcance e resultar em algo similar à velha e conhecida citação: “uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”.
Conheça abaixo 4 mitos a respeito do Growth Hacking.
1. Growth Hacking só é válido para startups
Mito! A resposta de Sean Ellis para isso é que “Growth Hacking is for Smart Marketers — Not Just Startups”, o que podemos entender como: se você for esperto e enxergar que é preciso inovar, o Growth Hacking — que realmente nasceu das startups — pode ser aplicado a qualquer empresa.
2. Growth Hacking serve apenas para a aquisição de novos clientes
Atrair novos clientes é o maior interesse da maioria dos empreendedores. Por muitas vezes, essa é a razão pela procura de maiores informações sobre Growth Hacking.
Mais adiante falaremos sobre outras funcionalidades do conceito de Growth Hacking — mais precisamente quando falarmos sobre o funil de vendas. Logo, mostraremos como a retenção, dependendo do ponto de vista, é até mais valorizada que a captação de novos clientes.
3. Growth Hackers são programadores
Essa fama pode ter sido criada em decorrência de dois fatos: o primeiro é que muitos dos Growth Hackers são programadores; o segundo é que o termo “Hacker”, principalmente no Brasil, é difundido como um expert em códigos, ou, equivocadamente, como aquele que é cibercriminoso.
Na verdade, o Growth Hacking pode até exigir certa familiaridade com linguagens de programação — como Python, Ruby on Rails e PHP —, assim como conhecimento em Analytics, Estatística e Banco de Dados.
Ou seja, um Growth Hacker precisa dominar todos essas disciplinas? Não necessariamente. Basta que ele tenha, em sua equipe, programadores e profissionais com esses skills.
4. Growth Hacking oferece soluções imediatas
Não se deve esperar soluções imediatas de Growth Hacking. Afinal, como suas estratégias envolvem testes constantes, é impossível estimar o tempo que elas levarão para, de fato, vingarem.
O funil de vendas do Growth Hacker
Certamente você já ouviu falar sobre funil de vendas, certo? Mas, caso não saiba ao certo do que se trata, digamos que o funil seja uma sequência de etapas que visam guiar a jornada do visitante até que ele se torne um cliente fidelizado.
Para o Growth Hacking, os estágios do funil são mais específicos e voltados exclusivamente para os resultados. De acordo com Neil Patel e Bronson Taylor, dois dos maiores especialistas no assunto e autores do “The Definitive Guide to Growth Hacking”, o funil é composto por 3 fases: Atração, Ativação e Retenção.
1. Geração de tráfego
O primeiro passo para gerar tráfego é “puxar” as pessoas para o seu site. Entre inúmeras analogias que podemos usar para isso, pensemos nas estratégias de um pescador.
A lógica da pescaria é extremamente válida para a geração de tráfego. Pois, da mesma forma que os peixes se interessam pelo petisco, os internautas se interessam pelo conteúdo — textos, vídeos, podcasts, infográficos etc.
Basta disponibilizar um material que incentive o público a fisgá-lo. Então, ao perceber que a “isca” foi mordida, puxe o visitante para você!
2. Ativação de usuários
A ativação consiste em fazer com que o visitante, aquele que visitou o seu produto, seja conduzido a concluir alguns dos objetivos do seu negócio. Esses objetivos podem ser:
- Conseguir o e-mail;
- Direcionar a alguma leitura;
- Fazer com que o visitante se cadastre;
- Estabelecer interação com um representante;
- Levá-lo a comprar/compartilhar um produto.
Enfim, são muitas as metas que podem ser cumpridas em uma mesma navegação. Entretanto, esperar que isso aconteça por total iniciativa do usuário não é uma boa ideia, o site precisa incentivá-lo a isso através de call-to-actions, landing pages, onboarding etc.
3. Retenção de clientes
Mais importante que o cliente utilize o seu produto/solução, é que ele comece a usufruir do mesmo habitualmente. Sim, estamos falando de reter o consumidor!
3 razões para a retenção não ser subestimada:
- Atrair novos consumidores custa 5 vezes mais do que reter um cliente (Forbes);
- 52% dos apps perdem pelo menos metade dos usuários após 3 meses da instalação (Business Insider);
- Os seus atuais clientes são 50% mais propensos a experimentar novos produtos e 31% a gastar, comparados aos novos prospects (Invesp).
Portanto, é fundamental tratar a relação com aqueles que já são clientes como um verdadeiro laço de amizade.
Mantenha contato frequentemente, dê atenção aos feedbacks, garanta ao cliente todos os benefícios e muito mais. Valorize-os!
Conclusão
Através deste post você aprendeu sobre os conceitos básicos de Growth Hacking, compreendendo assim que toda e qualquer empresa pode implementar seus processos, métodos e práticas para adquirir um crescimento grande e em curto espaço de tempo.
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Esse post foi produzido pela equipe da Rock Content.